Família polonesa que escondeu judeus durante o nazismo será beatificada e reconhecida como mártir
Uma família inteira de poloneses será beatificada e reconhecida como mártir no próximo domingo, 10 de setembro, na Polônia
Redação (09/09/2023 12:00, Gaudium Press) A família Ulma, composta por Józef, Wiktoria e seus sete filhos, dos quais um não nascido, será beatificada no próximo domingo, 10 de setembro, na Polônia.
A família polonesa foi fuzilada em 1944 pelos nazistas por abrigarem judeus em sua casa durante a Segunda Guerra Mundial. Os membros da família serão reconhecidos como mártires na cerimônia que será presidida pelo Cardeal Semeraro, na antiga casa do casal, em Markowa.
Eles já são considerados “Justos entre as Nações” no memorial israelense de Yad Vashem, que serve de reconhecimento em relação às pessoas que defenderam e protegeram os judeus durante a ocupação nazista.
Em 1944, o agricultor Jozef Ulma, sua esposa Wiktoria, grávida de sete meses, e seus seis filhos, com idades entre um ano e meio e oito anos de idade, escondiam oito judeus em sua pequena fazenda perto da fronteira com a Ucrânia.
Acredita-se que um homem dos arredores foi quem denunciou a família aos nazistas. Os oito judeus foram assassinados na frente da família e depois o casal Ulma e seus seis filhos foram igualmente fuzilados.
Na Polônia, os Ulmas são considerados um exemplo de ajuda aos judeus durante a ocupação da Alemanha nazista. Em 2016, o presidente polonês, Andrzej Duda, inaugurou o Museu da Família Ulma, que homenageia todos os polacos que arriscaram suas vidas para defender os judeus na Segunda Guerra.
A beatificação da família Ulma foi, em certa medida, facilitada pelo engajamento de Jozef em diversas associações de sua cidade, bem como sua paixão pela fotografia. Esse cenário contribuiu para que se tivessem mais detalhes sobre o modo de vida e o exemplo das virtudes evangélicas dos Ulmas. (FM)
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