Por que o latim continua sendo o idioma oficial da Igreja Católica?
A maioria dos principais documentos emitidos pela Santa Sé e pelos Pontífices são escritos originalmente em latim.
Redação (30/08/2023 14:44, Gaudium Press) Uma das primeiras razões para o latim continuar sendo o idioma oficial da Igreja Católica é a de que alguns dos documentos mais importantes emitidos pelos Papas e a Santa Sé foram oficialmente redigidos em latim.
A Vulgata e a herança da Igreja Católica
Além disso, a Vulgata, tradução das Sagradas Escrituras realizada por São Jerônimo, foi escrita toda em latim. Durante muitos séculos essa foi a versão da Bíblia mais usada pela Igreja Católica Apostólica Romana e ainda hoje é fonte para diversas traduções.
Outro motivo para a preservação desse idioma é a de que através do latim é possível ter contato com a vasta herança da Igreja Católica ao longo dos seus séculos de história e descobrir que este mesmo idioma foi durante muito tempo o meio de diálogo entre a Fé e a Razão.
Idioma legítimo para a Igreja Católica
No ano de 2012, o Papa Bento XVI fundou, através do motu próprio ‘Latina Lingua’, a Pontifícia Academia para o Latim. No documento, o pontífice assegura também a importância do estudo e preservação do latim.
Antes disso, no ano de 1962, o Papa São João XXIII emitiu a constituição apostólica ‘Veterum Sapientia’, na qual declarou solenemente que o latim possui características distintivas que tornam este antigo idioma legítimo para a Igreja Católica Romana.
Uma língua universal e imutável
Da mesma forma como a Igreja é católica ou universal por natureza, a língua latina também é internacional, não pertencendo a nenhum país ou lugar. Além disso, por não ser uma língua viva, é imutável, ou seja, ela não muda com o tempo.
Por estes aspectos, é possível declarar que o latim é o melhor idioma para realização de avaliações dogmáticas e litúrgicas, uma vez que este tipo de atividade intelectual necessita uma linguagem lúcida que não deixa ambiguidade na expressão. (EPC)
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