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Quênia: Capelão católico responsabiliza a ausência dos pais na educação dos filhos pela decadência moral

O capelão do Serviço Penitenciário do Quênia pediu aos pais para estarem presentes na vida dos filhos, orientando-os, pois, assim, as prisões estarão mais vazias.

Foto: aciafrica/ captura de imagem/ Capuchin TV

Foto: aciafrica/ captura de imagem/ Capuchin TV

Redação (09/08/2023 10:23, Gaudium Press) Na cerimônia de entrega de prêmios na escola de St. Jude Donholm, da Arquidiocese de Nairóbi, Quênia, Pe. Peter Kimani, capelão do Serviço Penitenciário do Quênia, ressaltou que, se os pais estivessem mais presentes e disponíveis na vida dos seus filhos, e cientes de seus deveres, o país teria menos presidiários.

O sacerdote queniano afirmou que as crianças cuja vida é orientada por seus pais possuem não apenas princípios incutidos neles, mas também conhecem seus objetivos para o futuro, podendo ter assim uma direção ao longo da vida.

Por outro lado, aqueles com formação e criação pobre geralmente têm “uma vida sem sentido, onde não há limites, nem liberdades e nem fronteiras morais e éticas”.

“Pais”, alertou o P. Kimani: “deixem seus filhos saberem por que vocês fazem as coisas. Se você como um pai é capaz de responder corretamente para seus filhos a razão por trás de suas ações, então nós poderemos ter uma sociedade com bons costumes”.

Se os pais têm um objetivo e mostram isso aos filhos, os filhos também terão uma meta na vida. E acrescentou: “Se eles não sabem a razão pela qual eles estão na escola; por que eles devem ir à igreja, e como eles devem se comportar, então eles não terão uma meta. Vamos estar presentes como pais que guiam e mostram aos filhos quem eles são.”

 “Se os pais são responsáveis e capazes de explicar as suas ações, inclusive quais são os bons amigos para seus filhos, nas prisões, haverá muito poucas pessoas”, sublinhou o sacerdote. “Os bons costumes dos pais incutidos em seus filhos contribuirão para um país com famílias estáveis; e uma igreja com cristãos estáveis, desprovidos de hipocrisia e pretensão”.

Ele frisou também que: “Vamos à escola para aprimorar a sabedoria que Deus nos concedeu. Recebemos esta sabedoria de Deus, mas a aprimoramos através dos livros, do conhecimento que adquirimos, das habilidades que adquirimos na escola para resolver problemas e saber a diferença entre o bem e o mal”.

O Pe. Kimani apontou que as escolas desempenham um papel vital no aprimoramento dos alunos, porque a sociedade contemporânea não sabe mais a diferença entre o bem e o mal. E acrescentou: “Vivemos numa sociedade em que todos veem o bem como mal; e o mal, como bem”.

O sacerdote, no entanto, lamentou que o conhecimento adquirido nas escolas pode ser inútil se não for bem usado para ajudar os fracos e vulneráveis, assim como o poder sem controle é inútil.

O Pe. Kimani encorajou os alunos premiados na escola de Nairóbi a apoiar e ajudar aqueles que não serão premiados, e a caminhar com eles em seus estudos.

Com informações aciafrica

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