Lisboa: Católicos entram em igreja onde se celebrava missa com os chamados “católicos LGBT”
Eles entraram segurando crucifixos e rezando o terço no início da missa, pois pensavam que o polêmico jesuíta James Martin estaria presente. A polícia interveio.
Redação (05/08/2023 09:48, Gaudium Press) António Marujo, diretor do jornal digital português 7Margens, relatou que, ontem à tarde, um grupo de católicos entrou na igreja paroquial de Nossa Senhora da Encarnação, na Ameixoeira, em Lisboa, onde estava sendo realizada uma missa com os chamados “católicos LGBT”.
As pessoas que entraram o fizeram segurando crucifixos, e sabe-se que foram mobilizadas através das redes sociais. Pensou-se que – talvez tenha servido de catalisador para a mobilização – estaria presente na missa o polêmico jesuíta James Martin, reconhecido defensor de teses heterodoxas sobre moralidade sexual.
Um dos participantes da missa contou ao 7Margens que os manifestantes entraram brandindo os crucifixos e rezando o terço em voz bem audível, sobrepondo-se ao cântico de início da missa.
Em declarações à Visão, Rafael da Silva, um dos promotores da ação, afirmou que o protesto era “uma iniciativa pacífica”, e que “não é contra a comunidade gay”.
“Individualmente, não temos nada contra essas pessoas. O inimigo é esta ideologia e alguns padres que a defendem contra o que deveria ser a Igreja Católica e contra o que é a vontade de Deus”, ressaltou Rafael.
A polícia foi até a igreja e os que haviam entrado saíram sem oferecer resistência.
O jornalista da Visão, João Amaral Santos, afirma na sua nota que um comandante da polícia confirmou a “perturbação da cerimônia” por parte do grupo, e afirma que os envolvidos incorreram no crime de “impedimento, perturbação ou ultraje a um ato de culto”.
No entanto, aparentemente esta é uma opinião do jornalista que não cita se alguém levantou esse tipo de acusação contra os autores, ou se eles foram presos, ou se foram acusados pela autoridade judicial pelo delito em questão.
Sobre as doutrinas defendidas pelo jesuíta James Martin, já em 2019 o então arcebispo da Filadélfia, Dom Charles Chaput, comentou, no informativo diocesano Catholic Philly que o sacerdote “não fala com autoridade em nome da Igreja”. A advertência do arcebispo foi ecoada pelo bispo de Springfield, Dom Thomas John Paprocki, e pelo bispo de Knoxville, Dom Rick Stika.
Entre outros argumentos contra o jesuíta, Dom Chaput afirmou que “o Padre Martin sugere que as pessoas atraídas por pessoas do mesmo sexo e pessoas com disforia de gênero sejam rotuladas de acordo com sua atração e disforia”, mas que “embora a Igreja ensine que o corpo é parte integrante da identidade humana, nossos apetites sexuais não definem quem somos.”
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