Polícia invade convento na Nicarágua e prende religiosas brasileiras
A polícia nicaraguense invadiu a casa das Irmãs dos Pobres de Jesus Cristo e prendeu as freiras. O paradeiro das religiosas permanece desconhecido
Redação (03/07/2023 14:30, Gaudium Press) No último domingo, 2 de julho, a polícia da Nicarágua invadiu a casa das Irmãs dos Pobres de Jesus Cristo, na cidade de León.
As quatro religiosas brasileiras foram presas e conduzidas a um lugar até o momento desconhecido.
A advogada e investigadora, Martha Patricia Molina, denunciou a ação da polícia, que invadiu o convento tratando as religiosas como se fossem delinquentes e as levou para um lugar ainda desconhecido.
“Não se sabe nada sobre elas. Espero que respeitem suas vidas e sua integridade”, explicou Molina.
Las hermanas Pobres De Jesucristo León – Nicaragua atendían a las personas que se encontraban en condición de abandono en la localidad. La dictadura las expulsó como si fueran delincuentes. Hoy la ciudad de #Leon esta de luto. “Hace falta ver a las hermanitas que tanto bien pic.twitter.com/j7jUojz022
— Martha Patricia M (@mpatricia_m) July 3, 2023
Mudança da Nicarágua para El Salvador
As irmãs da Fraternidade dos Pobres de Jesus Cristo iriam deixar o país na próxima semana para se estabelecerem em El Salvador.
O governo sandinista não teria renovado a autorização de residência das religiosas, que decidiram deixar o país e continuar o apostolado em El Salvador.
A congregação pertence aos Franciscanos e foi fundada no Brasil pelo sacerdote Gilson Sobreiro. Presentes em 14 países, as religiosas da fraternidade se estabeleceram na Nicarágua há 7 anos.
Elas se destacaram pelo cuidado com os pobres, distribuindo alimentos, roupas e dedicando-se à oração na região de León.
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Religiosos e religiosas expulsos
Oficialmente, 40 religiosas e 44 religiosos foram expulsos da Nicarágua nos últimos cinco anos. No entanto, segundo Molina, o número é muito maior.
Em vários casos, o governo decide não renovar a permissão de residência, o que resulta na expulsão sistemática do território nicaraguense.
No próximo dia 6 de julho, completará um ano da expulsão das Missionárias da Caridade, ordem religiosa de Santa Teresa de Calcutá. (FM)
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