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Audiência Geral: exemplo de Santa Maria McKillop

“Não há santidade se, de uma forma ou de outra, não se atende aos pobres, aos necessitados, àqueles que estão um pouco à margem da sociedade”, frisou Francisco, lembrando o exemplo da santa australiana.

Foto: Captura de tela Youtube/ Vatican Media

Foto: Captura de tela Youtube/ Vatican Media

Redação (29/06/2023 09:52, Gaudium Press) Na audiência geral de ontem, a última antes das férias de verão, o Papa Francisco falou sobre a importância da ação caritativa junto aos pobres. “Não há santidade se, de uma forma ou de outra, os pobres, os necessitados, aqueles que estão um pouco à margem da sociedade não forem atendidos”.

Depois de se aprofundar nos exemplos de vários santos missionários em audiências anteriores, ontem ele falou sobre Santa Mary McKillop (1842-1909), uma australiana, fundadora das Irmãs de São José do Sagrado Coração, que dedicou sua vida à formação religiosa e intelectual dos pobres da Austrália rural.

Seu exemplo é muito atual, “quando sentimos a necessidade de um ‘pacto educativo’ capaz de unir as famílias, escolas e toda a sociedade”, afirmou o Pontífice.

Em 19 de março de 1866, Dia de São José, a Santa abriu a primeira escola em um pequeno subúrbio da Austrália. Seguiram-se, depois, muitas outras, que ela e suas irmãs fundaram em comunidades rurais na Austrália e Nova Zelândia. “O zelo apostólico é assim: multiplica as obras”, destacou Francisco. “Mary MacKillop estava ciente de que a educação católica é uma forma de evangelização. A finalidade é o desenvolvimento integral da pessoa como indivíduo e como membro da comunidade; e que isso requer sabedoria, paciência e caridade por parte de cada professor”.

“A educação, de fato, não consiste em encher a cabeça de ideias, mas em acompanhar e encorajar os alunos no caminho do crescimento humano e espiritual, mostrando-lhes como a amizade com Jesus ressuscitado amplia o coração e torna a vida mais humana. Educar e ajudar a pensar bem, a sentir-se bem – a linguagem do coração – e a fazer bem – a linguagem das mãos – “, explicou o Pontífice.

A religiosa também realizou obras específicas de caridade, como a Casa da Providência, aberta em Adelaide para acolher idosos e jovens abandonados: “Mary tinha muita fé na Providência de Deus: sempre confiava que em qualquer situação Deus provê. Mas isso não a livrava das angústias e dificuldades decorrentes de seu apostolado”.

Angústias como a de “pagar as contas, lidar com os bispos e padres locais, administrar as escolas e cuidar da formação profissional e espiritual de suas Irmãs; e, posteriormente, problemas de saúde. No entanto, apesar de tudo, ela se manteve calma, carregando pacientemente a cruz que é parte integrante da missão”, disse o papa.

Ela enfrentou oposições até mesmo dentro da Igreja; mas apesar de “ver sua alegria marcada pela oposição e rejeição”, Santa Maria MacKillop estava convencida de que o Senhor “logo responderia ao seu clamor e a cercaria com sua graça”. “Este é o segredo do zelo apostólico”, observou o Papa Francisco.

Francisco concluiu sua catequese fazendo votos de que seu discipulado missionário inspire a todos nós, chamados a ser fermento de Evangelho nas nossas sociedades em rápida transformação.

Com informações Vatican News

 

 

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