Nicarágua: prisão de mais 3 sacerdotes pela ditadura de Ortega
Os três sacerdotes foram detidos pela polícia nos últimos dias e estão sendo investigados pelas autoridades.
Redação (25/05/2023 18:06, Gaudium Press) Na última terça-feira, 23 de maio, a Diocese de Estelí, na Nicarágua, confirmou que o sacerdote de Jalapa, Pe. Eugenio Rodríguez Benavides, e o pároco da Catedral de Estelí, Pe. Leonardo Guevara Gutiérrez, “foram requisitados pela Polícia de Ortega”; o primeiro, no sábado, 20 de maio e o segundo, na segunda-feira, 22 de maio, sendo transferidos para Manágua para uma casa de formação da Igreja Católica enquanto se investiga questões administrativas relacionadas com a extinta Cáritas Diocesana de Estelí.
Para a pesquisadora e especialista em religião Martha Molina, isso é apenas um pretexto para que a ditadura continue as hostilidades contra a Igreja Católica e criminalize o trabalho dos sacerdotes.
Uma outra razão dada por Molina é que o regime de Ortega pretende “desmantelar a Diocese de Estelí”, que era administrada por Dom Rolando Álvarez, bispo da Diocese de Matagalpa, condenado a 26 anos de prisão em fevereiro passado, já que os dois sacerdotes detidos pertencem a essa diocese.
E hoje, dia 25 de maio, a polícia de Ortega confirmou a detenção de mais um sacerdote, o Pe. Jaime Iván Montesinos, da paróquia de San Juan Pablo II, em Chagüitillo, município de Sébaco, em Matagalpa. Ele é acusado de cometer atos que atentam contra a independência e a integridade e será colocado à disposição do juiz para ser julgado por crimes conhecidos como traição.
Segundo um comunicado, “a Polícia Nacional está investigando o Pe. Jaime Iván Montesinos Sauceda, por cometer atos que comprometem a independência, soberania e autodeterminação da nação”. Ele será entregue “às autoridades competentes para a apuração de responsabilidades criminais”.
A acusação se baseia no único artigo que tem a Lei de Defesa dos Direitos do Povo à Independência, Soberania e Autodeterminação pela Paz. Lei que tem sido aplicada aos opositores do regime de Daniel Ortega e Rosario Murillo, sob a qual o governo prendeu, condenou, destituiu a nacionalidade e expulsou opositores do regime do país.
Com informações Despacho 505
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