Congo: ataques prejudicam a educação de mais de 62.000 crianças
A organização Save the Children alerta sobre os violentos ataques às escolas na província de Kivu do Norte, RDC, que comprometem a educação das crianças.
Redação (10/05/2023 09:30, Gaudium Press) “Desde o início do ano, grupos armados em Kivu do Norte atacaram mais de 150 escolas, prejudicando a educação de mais de 62.000 crianças”, declarou a ONG humanitária Save the Children em um relatório publicado nesta terça-feira, dia 9 de maio. Neste relatório, apela-se para que os grupos armados não “usem as escolas para fins militares e que o governo da República Democrática do Congo inclua a segurança escolar nas próximas negociações de paz”.
A situação de segurança no Kivu do Norte continua preocupante. Kivu do Norte é uma das províncias mais afetadas por conflitos no país. No último ano, cerca de um milhão de pessoas foram deslocadas internamente devido a confrontos violentos. O conflito assola partes do país há quase três décadas e as crianças estão pagando o preço mais alto.
Segundo esta ONG, “grupos armados têm atacado escolas, muitas vezes queimando carteiras e cadeiras e privando as crianças de um espaço seguro para aprender”. De acordo com o relatório, “150 escolas foram atacadas de um total de cerca de 6.800 na província de Kivu do Norte”. E entre estas escolas, vítimas de ataques e focos de violência, “dezoito estão atualmente ocupadas por grupos armados e 113 são usadas como abrigos temporários para pessoas deslocadas, segundo dados do Grupo de Educação da RDC, dirigido pelo Ministério da Educação”.
Muitos alunos e professores saíram desta região em busca de lugares mais seguros. Como resultado, observou a ONG, “a República Democrática do Congo está passando por uma das crises humanitárias mais complexas e prolongadas do mundo, com 14,2 milhões de pessoas precisando de assistência”.
Com informações e foto de Vatican News.
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