Nova tradução do missal romano deverá ser usada até o início do Advento
Segundo Dom Edmar Peron, presidente da Comissão para a Liturgia, “o uso dos textos da terceira edição serão facultativos até o primeiro domingo do Advento e depois será obrigatório”.
Redação (26/04/2023 15:41, Gaudium Press) Durante a 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a Comissão Episcopal para a Liturgia da entidade tratou sobre o processo de adaptação da Igreja do Brasil à tradução brasileira da terceira edição do Missal Romano. Os prelados, inclusive, já utilizaram os textos da tradução brasileira na Missa celebrada no primeiro dia de assembleia, 19, na Basílica Nacional de Aparecida.
Não se trata de um novo missal, mas a tradução da terceira edição
Conforme estabelecido na última reunião do Conselho Permanente da CNBB, as comunidades terão até o início do Advento para começar a usar os novos textos nas celebrações da Santa Missa. Segundo Dom Edmar Peron, Bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão para a Liturgia, “o uso dos textos da terceira edição serão facultativos até o primeiro domingo do Advento e depois será obrigatório”.
O processo de tradução e aprovação da terceira edição do Missal Romano no Brasil levou 19 anos, entretanto é importante ressaltar que não se trata de um novo missal, mas a tradução da terceira edição típica do Missal Romano, promulgada em 2002 por São João Paulo II e revisada em 2008, com o objetivo de incorporar as disposições litúrgicas e canônicas desde a segunda edição típica, de 1975.
Três aspectos fundamentais para a recepção do missal
De acordo com Dom Edmar, existem três aspectos fundamentais para a recepção do missal nas comunidades. O primeiro é ter ciência de que é preciso passar do livro à celebração, tendo o Bispo o papel fundamental de promover uma educação litúrgica.
O segundo é rever o modo de bem celebrar a liturgia. “Não celebramos para observar rubricas, celebramos com elas o evento de salvação. Rito não é rubrica a ser observada, mas uma ação de Cristo e da Igreja a ser celebrada”, ressaltou.
O terceiro e último é se tornar fonte da vida espiritual, com a participação plena e ativa das comunidades, possibilitando que a Liturgia seja, de fato, a primeira fonte onde os fiéis poderão beber do espírito genuinamente cristão. (EPC)
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