Arquidiocese de Milão: reduzido número de seminaristas induz reconfiguração dos seminários
O arcebispo de Milão, Dom Mario Delpini, anunciou uma “Reconfiguração da vida comunitária do Seminário” devido ao reduzido número de seminaristas na arquidiocese.
Redação (12/04/2023 10:29, Gaudium Press) Na Arquidiocese de Milão, o número de seminaristas caiu pela metade nos últimos dez anos. Com cerca de cinco milhões de católicos, a arquidiocese é a maior da Europa.
Conforme informou o jornal italiano L’Avvenire, em 2013/14 havia 150 candidatos ao sacerdócio em Milão, em 2017/18, 139 seminaristas e, em 2022/23, apenas 78. No que diz respeito ao número de novas entradas no seminário, foram 24 em 2017, 19 em 2018, 18 em 2019, 16 no ano em que começou a pandemia (2020), no ano seguinte o número caiu para 11, e no ano passado 2022, apenas seis novos candidatos.
Por isso, o arcebispo de Milão, Dom Mario Delpini, anunciou uma “Reconfiguração da vida comunitária do Seminário”, que será introduzida em caráter experimental para um período de três anos a partir de setembro próximo.
No terceiro ano dos estudos teológicos, os candidatos ao sacerdócio não deverão mais viver no seminário, mas em pequenos grupos nas paróquias, pois, segundo o arcebispo, a desproporção do reduzido número de seminaristas alojados na monumental sede impacta tanto no aspecto educacional como no econômico-ético. Desse modo, “cada grupo deverá estabelecer uma regra de vida comum, que inclua e integre a liturgia diária compartilhada, a oração e meditação pessoal, a oração em conjunto, o tempo de estudo, de descanso, de tarefas domésticas, o horário e o calendário semanal”.
Além disso, durante este terceiro ano de estudos, “considera-se importante identificar um casal ou uma família que possa se tornar uma referência para o grupo de seminaristas. Essas pessoas, designadas pelos presbíteros locais, devem estar disponíveis para um intercâmbio constante, ajudando e estimulando a releitura e formação da dimensão doméstica e fraterna da vida”.
Em um comunicado, a diocese informa que o uso da veste clerical previsto para o início do terceiro ano, “será adiado para o momento da ordenação diaconal, ou para o início do sexto e último ano, conforme indica a disciplina da Igreja e do CEI em questão, e como já acontece na maioria dos seminários italianos”.
Com informações L’Avvenire.
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