Mais dois bispos sobre o Caminho Sinodal Alemão: não se pode mudar a doutrina católica
Mons. Franco e Mons. Hying falaram sobre a confusão doutrinária dos bispos alemães que apoiam o Caminho Sinodal.
Redação (23/03/2023 15:33, Gaudium Press) Diante das tentativas de ‘reforma’ expressas não apenas por alguns bispos alemães, continuam surgindo vozes de prelados que advertem que a doutrina da Igreja proveniente das Sagradas Escrituras é irreformável.
Além do que já foi afirmado pelo presidente do episcopado americano, Monsenhor Timothy Broglio, que recentemente declarou ao Die Tagespost que “a doutrina da Igreja que emana da revelação divina não pode ser mudada”, há agora a declaração de Dom César Franco, Bispo de Segóvia na Espanha, que recordou, em uma reflexão publicada no site de seu episcopado, que “como explica a eclesiologia, o primado de Pedro só pode ser exercido em obediência à Escritura e à Tradição porque o Papa é um discípulo de Cristo que não pode estar acima da Igreja em questões essenciais à sua estrutura e à verdade cuja origem remonta à criação e à redenção”.
“Com a morte do último apóstolo – continua Dom Franco – encerra-se o processo constituinte da Igreja, de modo que tanto o Papa como os bispos são custódios desse processo que devem respeitar. É verdade que a exposição do dogma evolui de forma homogênea (L. Scheffczyk), mas não muda seu conteúdo, mas sim a forma de apresentá-lo. Em questões como o celibato, de direito eclesiástico, o Papa tem o poder de mudar a disciplina, mas, como disse São João XXIII, o fato de ser Papa não o autoriza simplesmente a inverter uma venerável e frutífera práxis eclesial. (…) Questões como o sacerdócio feminino e o casamento de pessoas homossexuais não se inserem no âmbito das decisões papais, simplesmente porque sua autoridade está limitada pelo que Deus tem feito na criação – lei natural – e que Cristo determinou para a Igreja com autoridade divina”.
Fato inédito
No Catholic Herald da Diocese de Madison, agora aparece a declaração de Dom Donald Joseph Hying, Bispo de Madison EUA, sobre o chamado “Caminho Sinodal” alemão – depois que este “sancionou a bênção de uniões homossexuais, a ordenação de mulheres e transgêneros, uma mudança fundamental na autoridade de governo dos bispos e uma reescrita radical da moralidade sexual católica” –, afirmando que isso representa uma “novidade absoluta na história da Igreja moderna: [que] uma conferência nacional de bispos essencialmente rejeita aspectos fundamentais do ensinamento e prática da Igreja”.
No entanto, o Bispo de Madison declara que “o que cremos, ensinamos e praticamos como católicos é revelado por Deus através de Jesus Cristo na Igreja por meio da Escritura e da Tradição”, e que “ninguém tem autoridade para mudar o ensinamento da Igreja, como se a verdade dada fosse maleável e adaptada às normas culturais mutáveis. Tal caminho conduziria tanto ao erro quanto à irrelevância”.
“Quando as pessoas expressam sua consternação com a turbulência na Igreja e as muitas opiniões contraditórias sobre doutrina e moral, eu simplesmente reafirmo que a Fé não muda”, conclui o prelado.
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