Bispo de Hildesheim: o veneno é melhor quando administrado com um conta-gotas
O prelado, que foi indicado para o Dicastério para a Doutrina da Fé, deu declarações ao Rheinische Post.
Redação (08/03/2023 10:14, Gaudium Press) Settimana News noticiou as declarações de Mons. Heiner Wilmer, Bispo de Hildesheim na Alemanha, advertindo clérigos e leigos contra as expectativas muito altas em termos das reformas alcançadas pelo questionado Caminho Sinodal Alemão.
As declarações do bispo Wilmer – antes da próxima assembleia desse Caminho a ser realizada entre os dias 9 e 11 de março, em Frankfurt – não passariam de algumas mais dos muitos bispos reformistas alemães, aqueles que defendem a abolição da moral católica em questões sexuais e a transformação da Igreja em uma corte liberal-democrática, se não fosse o fato deste prelado ter sido indicado como substituto do Cardeal Ladaria à frente do Dicastério para a Doutrina da Fé.
No final do ano passado e no início deste ano, vários meios de comunicação noticiaram não apenas o rumor de que o Papa pensava em nomear este prelado à frente deste dicastério, mas também que um grande grupo de cardeais expressou enfaticamente a Francisco sua rejeição a essa possibilidade.
Na época, por exemplo, La Nuova Bussola Quotidiana descreveu Dom Wilmer como “um dos bispos mais a favor da revogação do ensinamento da Igreja sobre moralidade sexual”; que ficou contrariado “com a oposição de mais de um terço dos bispos alemães ao texto básico sobre a sexualidade humana” que estava sendo debatido no Caminho Sinodal Alemão; que em sua diocese as bênçãos de casais homossexuais são “uma prática normal” que ele promove.
Surpreenderam também as suas antigas afirmações sobre uma certa hipervalorização da Eucaristia .
Agora, nas declarações ao Rheinische Post, Dom Wilmer diz, referindo-se ao Caminho Sinodal, que “não é todo dia que homens e mulheres se sentam ao lado dos bispos em torno de grandes mesas e discutem entre si. Isso tem gerado grandes expectativas. Eles disseram: ‘agora podemos finalmente fazer uma mudança na Igreja’”.
“Eu – explicou – sou definitivamente a favor de uma renovação. Temos que seguir em frente, mas somos muito impacientes. Na Alemanha, às vezes falta um fôlego longo. Falta a vontade de reconhecer que nem tudo pode ser realizado durante a vida de alguém”.
Portanto, um aviso ao Caminho Sinodal: vamos chegar lá, mas não tão rápido. Este é o prelado que indicaram para guardar a fé da Igreja. (SCM)
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