Gaudium news > Decano de Bonn renuncia ao caminho sinodal alemão

Decano de Bonn renuncia ao caminho sinodal alemão

O decano da cidade de Bonn, na Alemanha, padre Wolfgang Picken anunciou seu afastamento do conhecido movimento de reforma da Igreja, o “Caminho sinodal alemão”

Synodaler Weg

Redação (02/03/2023 05:30, Gaudium Press) O sacerdote Wolfgang Picken, decano da cidade de Bonn na Alemanha, decidiu abandonar o caminho sinodal alemão. Segundo ele, o processo de discussão não dá margem a diálogos e tende a se afastar da unidade da Igreja Católica.

Representante do conselho dos sacerdotes da Arquidiocese de Colônia na Assembleia do caminho sinodal alemão e um dos membros do fórum de discussão “poder e separação de poder”, Wolfgang Picken anunciou que não pode continuar apoiando as reformas propostas pelo caminho sinodal.

Ele afirmou que a Igreja Católica precisa de reformas e mudanças porém explicou “não posso apoiar a falta de abertura com que muitas discussões são realizadas no Caminho Sinodal e as muitas propostas de reforma que abandonam a unidade com a Igreja universal”, conforme noticiou Katolisch.de.

O sacerdote explicou que as críticas e as advertências do Vaticano referente aos rumos do caminho sinodal alemão não foram tomadas a sério. Segundo ele, isso viola o próprio conceito de sinodalidade que consiste em escutar todas as partes.

Teimosia e rigidez

“É esta teimosia e rigidez inabaláveis com que o ‘Caminho Sinodal’ segue o seu próprio rumo que me motiva a renunciar ao meu mandato”, afirmou o sacerdote.

Ele explica que tem-se a impressão que os objetivos do caminho sinodal foram traçados com antecedência. Ele deu o exemplo que seu texto sobre “poder e separação de poder” não foi nem mesmo discutido durante as reuniões gerais e que muitos outros assuntos mereceriam um tempo maior de discussão e de reflexão.

Com o anúncio do padre Wolfgang Picken, ao todo cinco pessoas decidiram nos últimos dias abandonar o Caminho sinodal alemão. Na semana passada quatro téologas alemãs, Hanna-Barbara Gerl-Falkovitz, Katharina Westerhorstmann, Marianne Schlosser e Dorothea Schmidt, tomaram a mesma iniciativa. (FM)

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas