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Israel: aumento de ataques a cristãos

Os ataques dos ultraortodoxos e judeus contra cristãos que vivem ou visitam Jerusalém se intensificaram nos últimos meses.

Foto: Vatican News

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Redação (25/02/2023 17:36, Gaudium Press) ​​ O abade da Abadia da Dormição Beneditina em Jerusalém, Pe. Nikodemus Schnabel, observou um aumento acentuado nos ataques aos cristãos desde que o governo religioso de direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu assumiu o cargo em Israel.

Os ataques, que incluem cuspir, xingar e empurrar padres nos becos da Cidade Velha, também mudaram, informou o abade, recém-eleito no início de fevereiro, em entrevista à ORF nesta última sexta-feira. “Não é mais uma questão de cuspir em mim, mas quantas vezes por dia”, frisou o religioso.

Ser esbarrado e insultado também aumentou de uma forma “indescritível”, continuou Pe. Schnabel. Assim, o bairro judeu da cidade velha de Jerusalém tornou-se uma “área proibida” para ele, pois é facilmente reconhecido como cristão devido ao seu hábito religioso.

Segundo o abade, os agressores geralmente podem ser claramente identificados como membros do campo nacional-religioso. “São pessoas que têm uma atitude política muito clara: Israel para os judeus, não-judeus fora. Sentimos o ódio deles com muita força no momento”.

“Morte aos Cristãos”

Este ano já houve uma série de ataques a instituições cristãs em Israel – no início do ano, a profanação do Cemitério Evangélico de Jerusalém, a profanação de uma igreja maronita no norte do país, pichações com o slogan “Morte aos cristãos”, ataques aos cristãos jovens  e frequentadores de restaurantes e, mais recentemente, a destruição de uma imagem de Jesus na Via Sacra.

Como resultado desses ataques, no início desta semana, em uma carta aberta, trezentos estudantes universitários de religião e humanidades prometeram seu apoio às comunidades cristãs do país. “Pedimos às autoridades que tomem medidas decisivas contra os responsáveis ​​por esses crimes e protejam os membros de todas as religiões contra o ódio, a ignorância e a violência”.

Com informações Vatican News

 

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