Cardeal Pell operado em Roma por estar convencido de um iminente conclave
Dois de seus amigos se referem a alguns dos últimos pensamentos do cardeal, até então inéditos: seu descontentamento com a maneira de como os funerais de Bento foram conduzidos.
Redação (07/02/2023 09:33, Gaudium Press) Nico Spuntoni do Il Giornale refere-se a alguns dos últimos pensamentos do Cardeal George Pell, relatados por dois de seus amigos, Tess Livingstone e o jesuíta Frank Brennan, agora publicados no The Australian como resultado do concorrido funeral do Cardeal Pell em Sydney. Livingstone escreve:
“Em particular, ele poderia ser duro com o desrespeito pelos mortos, como ele o foi em nossa última conversa, na noite anterior à sua entrada no hospital [onde seria operado do quadril, e em decorrência morreria]. Naquela ocasião, ele estava aborrecido: porque o Vaticano havia permitido a abertura de lojas durante o funeral do Papa Bento XVI, na Praça de São Pedro, com o pobre sermão do Papa Francisco sobre seu predecessor, a omissão do cânon romano em favor de outra oração eucarística e os burocratas da cúria dificultando a concelebração dos sacerdotes”.
Por sua vez, Pe. Frank Brennan, depois de recordar o significativo papel desempenhado pelo cardeal australiano nos dois últimos conclaves, ressaltou que “apesar de ter mais de 80 anos e não poder votar, esperava ter uma influência decisiva na determinação do resultado do próximo. Durante um almoço em Roma, algumas semanas atrás, ele me assegurou que o próximo conclave não estava longe.” Esse desejo de influenciar teria sido decisivo para que a sua operação não fosse realizada na Austrália, já que “não queria correr o risco de estar do outro lado do mundo depois da operação e antes do conclave”.
O jornalista do Il Giornale declara que também é testemunha dos pensamentos do Cardeal Pell: “quem escreve aqui pode confirmar ambas as revelações: é verdade, segundo Livingstone, que os métodos de gestão do funeral de Bento XVI haviam incomodado o cardeal, assim como também é verdade que, apesar dos conselhos de amigos e conhecidos para fazer a cirurgia em seu país de origem ou pelo menos em Londres, Pell quis firmemente permanecer em Roma porque estava convencido de que um possível conclave poderia ser realizado a qualquer momento”, expressa Spuntoni.
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