Papa sobre vocação cristã: Cedo ou tarde chega o momento da decisão
“O caminho da vocação em Cristo, em todos os níveis, familiar, profissional, traz “o risco cansativo mas compensador do serviço”.
Redação (23/01/2023 15:01, Gaudium Press) Na alocução de ontem antes de rezar Angelus, na Praça de São Pedro, o Papa Francisco falou das renúncias que às vezes são necessárias fazer para dizer ‘sim’ ao chamado de Jesus. Celebrava-se na Igreja o Domingo da Palavra do Senhor.
Para a sua meditação, Francisco apoiou-se no Evangelho do dia, que narra o passeio do Senhor pelo mar da Galileia, quando viu dois irmãos, Pedro e André, que lançavam as suas redes ao mar. Com sua voz de Dominus disse: “’Vinde após mim e farei de vós pescadores de homens’. Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram.”
“Detenhamos nesta cena: é o momento do encontro decisivo com Jesus, aquele que eles recordarão para o resto da vida e que entra no Evangelho. A partir de então, seguem Jesus e, para segui-lo, deixam”, disse o Papa.
Esse chamado de Jesus é dado a todo homem, que de uma forma ou de outra o chama à sua vocação com uma nota cristã.
“Cedo ou tarde, chega o momento em que é preciso tomar uma decisão para segui-lo. E aí se deve decidir: deixo algumas certezas e começo uma nova aventura ou fico onde estou? É um momento decisivo para todo cristão, porque nele está em jogo o sentido de todo o resto. O encontro com Jesus: o que eu faço? Deixo meu egoísmo, por exemplo, para segui-lo ou permaneço em mim mesmo? Se não se tem coragem de colocar-se a caminho, corre-se o risco de permanecer espectador de sua própria existência e viver sua fé pela metade”.
Para seguir o caminho de Jesus, que é “belo” e que traz “o risco cansativo mas compensador do serviço”, é preciso “deixar também aquilo que nos impede de viver plenamente, como os medos, os cálculos egoístas e as garantias que nos mantêm a salvo, vivendo uma vida medíocre.”
O sacrifício de um profissional – Uma família jovem
O Papa falou do caminho, por exemplo, de uma família jovem, “que deixa a vida tranquila para se abrir à imprevisível e bela aventura da maternidade e da paternidade. É um sacrifício, mas basta um olhar para os filhos para entender que foi correto deixar para trás certos ritmos de comodidade e confortos”. Assim como os médicos ou profissionais de saúde “que renunciaram a tanto tempo livre para estudar e se preparar, e que agora fazem o bem dedicando muitas horas do dia e da noite, muita energia física e mental aos doentes”.
Com informações Vatican News
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