Mons. Ganswein tentou impedir a publicação de suas memórias com Bento XVI
É o que afirma o Die Tagespost. Mas a filha de Silvio Berlusconi respondeu que “o pão já estava nas padarias”.
Redação (14/01/2023 09:55, Gaudium Press) O jornal católico Die Tagespost revela que Mons. Georg Ganswein, secretário pessoal de Bento XVI e prefeito nominal da Casa Pontifícia, teria tentado impedir a publicação de suas memórias junto ao Papa Emérito, “Nada além da verdade”, o escrito mais esperado na Igreja, nos últimos tempos.
Com essa intenção, Mons. Ganswein “dirigiu-se à cúpula do Grupo Mondadori“, editora reconhecida a nível mundial e que publica Nient’altro che la Verità, mais especificamente a própria “Marina Berlusconi, a filha de Silvio Berlusconi”, ex-presidente italiano, mas esta lhe confirmou que a obra já estava “nos últimos canais de distribuição” e, por essa razão, não podia atender seu pedido.
O que faz uma pessoa tão séria e experiente em tempestades de opinião pública quanto Mons. Ganswein querer impedir a publicação de algumas memórias que lhe custaram suor e até onde seu coração tinha parado? É aí que começam as hipóteses, principalmente as dos recentes encontros com o secretário de Estado do Vaticano e com o próprio Papa Francisco, que o recebeu em uma breve audiência na segunda-feira passada.
Dessa reunião do secretário de Bento XVI com Francisco, a única coisa que saiu de Mons. Ganswein foi, segundo afirma o Corriere della Sera, a frase lacônica: “agora devo calar-me”.
Pouco depois, a mídia revelou que, por indicação expressa do próprio Pontífice, Mons. Ganswein foi informado, no mesmo dia do enterro de Bento XVI, que ele deveria deixar sua residência no mosteiro vaticano Mater Ecclesiae antes de 1º de fevereiro, local onde havia assistido o Papa Emérito desde o dia de sua renúncia. Como ainda prefeito nominal da Casa Pontifícia, Mons. Ganswein tem direito a um apartamento, pelo menos enquanto ocupar esse cargo.
Enquanto isso, todo o affaire em torno de Nient’altro che la verità só aumenta o já gigantesco interesse pelo livro que, certamente em breve, verá a luz do dia nas mais diferentes línguas. A agência literária da obra está se dando ao luxo de colocar editoras internacionais para concorrer em leilão, para ver quem fica com o que já é um best-seller e uma ‘bomba’, sucesso de vendas garantido para quem o publique.
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