Os Reis Magos nos mostram lugares onde encontrar o Senhor, assegura Papa Francisco
O Pontífice indicou os lugares onde podemos encontrar ao Senhor: na inquietação que se interroga; no risco do caminho e na maravilha da adoração.
Cidade do Vaticano (06/01/2023 14:52, Gaudium Press) Na manhã desta sexta-feira, 6 de janeiro, o Papa Francisco presidiu uma Celebração Eucarística na Basílica de São Pedro, no Vaticano, por ocasião da Solenidade da Epifania do Senhor, também conhecida como festa dos Reis Magos.
Em sua homilia, o Santo Padre recordou que os Reis Magos, ao procurarem ao Senhor, buscavam-no através das estrelas. Em seguida, indicou os lugares onde podemos encontrar ao Senhor: na inquietação que se interroga; no risco do caminho e na maravilha da adoração.
Inquietação que se interroga
Explicando o motivo de encontrarmos o Senhor na inquietação que se interroga, Francisco explicou que “esta é a primeira coisa que vemos nos Magos. Habitados por uma profunda nostalgia do infinito, perscrutam o céu e deixam-se maravilhar pelo fulgor duma estrela, representando assim a tensão para o transcendente que anima o caminho das civilizações e a busca incessante do nosso coração. De fato, aquela estrela deixa no coração deles precisamente uma pergunta: Onde está aquele que acaba de nascer?”.
“O caminho da Fé tem início quando com a graça de Deus, damos espaço à inquietude que nos mantém acordados; quando nos deixamos interrogar, quando não nos contentamos com a tranquilidade dos nossos hábitos, mas envolvemo-nos nos desafios de cada dia. Nesses momentos, levantam-se do nosso coração as perguntas irreprimíveis que nos abrem à busca de Deus”, assegura.
O risco do caminho
De acordo com o Pontífice, o segundo lugar onde podemos encontrar o Senhor é no risco do caminho. “Os Magos não se detêm a olhar o céu e contemplar a luz da estrela, mas aventuram-se numa viagem arriscada que não prevê, à partida, estradas seguras nem mapas definidos. Pretendem descobrir quem é o Rei dos Judeus, onde nasceu, onde podem encontrá-Lo”.
“Desde Abraão que se pôs a caminho para uma terra desconhecida até aos Magos que se movem seguindo a estrela, a Fé é um caminho, uma peregrinação, uma história de partidas sucessivas. Recordemo-nos disto: a fé não cresce, se permanecer estática; não podemos encerrá-la em qualquer devoção pessoal, nem fechá-la dentro das paredes das igrejas, mas é preciso trazê-la para fora, vivê-la em caminho constante rumo a Deus e aos irmãos”, destacou.
Maravilha da Adoração
O terceiro lugar onde é possível encontrar o Senhor é na maravilha da adoração. Após longa e penosa viagem, os Magos entraram na casa, ‘viram o menino com Maria, sua Mãe e prostrando-se, adoraram-No’. “Este é o ponto decisivo: as nossas inquietudes, as nossas perguntas, os caminhos espirituais e as práticas da Fé devem convergir para a adoração do Senhor. Aí encontram o seu centro fontal, porque tudo nasce daqui, pois é o Senhor que suscita em nós o sentir, o agir e o operar”.
“Como os Magos, prostremo-nos, rendamo-nos a Deus na maravilha da adoração. Adoremos a Deus e não o nosso eu; adoremos a Deus e não os falsos ídolos que nos seduzem com o fascínio do prestígio e do poder; adoremos a Deus para não nos prostrarmos diante das coisas que passam e das lógicas sedutoras, mas vazias, do mal”, concluiu. (EPC)
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