Ano Novo, Novos Propósitos
O fim do ano-novo é como um mini Juízo. Estamos diante de nosso passado e futuro, pautamos no presente que parece, apenas nesse momento, eterno.
Redação (29/12/2023 16:49, Gaudium Press) O ano novo traz importantes considerações à vida do cristão. Em primeiro lugar, podemos nos voltar para o passado e ver todos os acontecimentos do ano que fica para trás. As dificuldades, as quedas, as conquistas, os sucessos, tudo se passa no olhar do ser humano cauto.
Já, nesse momento, se faz uma análise breve da vida levada. Estou mais adiante nas metas que fiz para mim mesmo no começo do ano que termina? No que houve progresso, no que fiquei no mesmo?
Uma certa censura cabe bem aí. Lembremos que o fiel de nossa balança é Cristo, e, portanto, sua Lei, sua vontade. Como fui com as virtudes? Caridoso, generoso, piedoso, fiel? Ou, pelo contrário, deixei a desejar ao meu Deus?
Se fui bem, devo-me alegrar pelos obstáculos vencidos. Senão, devo rezar pedindo forças para o ano que vem. Dr. Plinio nos dá uma bela oração para rezarmos na virada do ano, pedindo o retorno a momentos melhores:
“Há momentos, minha Mãe, em que minha alma se sente, no que tem de mais fundo, tocada por uma saudade indizível. Tenho saudades da época em que eu Vos amava, e Vós me amáveis, na atmosfera primaveril de minha vida espiritual. Tenho saudades de Vós, Senhora, e do paraíso que punha em mim, a grande comunicação que tinha convosco. Não tendes também Vós, Senhora, saudades desse tempo? Vinde, pois, ó melhor de todas as mães, e por amor ao que desabrochava em mim, restaurai-me”.
Em segundo lugar, temos diante de nós o futuro. Já não mais me preocupo com o que poderia ser e não fui; agora vejo uma página em branco. Um ano novo, novos propósitos.
O que vem a ser um propósito?
Um desejo, uma consideração, um objeto, uma meta. Devo aprumar minha embarcação rumo a outros mares, a outras regiões. Seja uma nova condição de vida, uma nova conquista, um novo aprendizado, um bom propósito começa com uma boa sinceridade.
Mas nada é tão importante como aprumar a saúde de minha alma. Ela é meu principal elemento, perene, imortal: tudo aqui passa. Só sobrará minha consciência, e esta será sim julgada pelo Autor do Universo.
O fim do ano-novo é como um mini Juízo. Estamos diante de nosso passado e futuro, pautamos no presente que parece, apenas nesse momento, eterno. E as possibilidades são inúmeras. Devemos lutar para concretizá-las, mas sobretudo para sermos fiéis a Nosso Senhor, não importa a adversidade que venha a se abater sobre nós.
O Cristão é um outro Cristo, e sabe que em sua vida haverá cruzes e calvários. É importante, na troca de ano-novo, novos propósitos e novos pedidos de fidelidade à vontade do Senhor.
Assim, no momento em que o relógio soar suas doze batidas e os fogos saltarem pelos céus, que tenhamos de nosso lado a ótima conselheira para o novo ano: Nossa Senhora. É o que formula nosso caríssimo Dr. Plinio em outra oração:
“Ó Mãe do Bom Conselho, eu Vo-lo suplico: falai no mais íntimo da alma deste vosso filho e escravo. Tendo em vista os auxílios providenciais que em várias ocasiões inesperadamente me concedestes, peço-vos que acresçais ainda mais minha confiança, de sorte que ela se torne inabalável em todas as ocasiões. Uni-me cada vez mais a Vós, para Vos servir na Terra e Vos louvar no Céu. Assim seja”. (EPC)
Deixe seu comentário