Outros dois sacerdotes católicos são sequestrados na Nigéria

Os sequestros ocorreram dentro de um intervalo de três dias e se teme pelo futuro dos clérigos que permanecem nas mãos dos criminosos.

Foto: Por Kelechinaba – Obra do próprio, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=58366523

Nigéria – Abuja (23/12/2022 15:19, Gaudium Press) A violência na Nigéria continua aterrorizando sacerdotes e religiosos católicos. Segundo a Agência Fides, grupos criminosos estão invadindo estruturas religiosas com o objetivo de sequestrar pessoas para serem mantidas como reféns. Em apenas três dias dois sacerdotes foram sequestrados por criminosos.

Padre Christopher Ogide

O primeiro caso ocorreu no dia 17 de dezembro, quando o Padre Christopher Ogide, pároco da paróquia Nossa Senhora da Assunção em Umuopara, Diocese de Umuahia, foi sequestrado no portão de entrada da casa paroquial.

Na ocasião, Dom Michael Kalu Ukpong, Bispo de Umuahia, exortou aos fiéis da Diocese que rezassem pedindo a Deus para que o sacerdote católico fosse libertado com vida o mais rápido possível.

Padre Sylvester Okechukwu

Três dias depois, em 20 de dezembro, foi a vez do Padre Sylvester Okechukwu, da Diocese de Kafanchan, no Estado de Kaduna, na região centro-norte do país, que foi sequestrado por volta das 23h45.

A Diocese se manifestou através de uma nota pedindo para que os fiéis não façam justiça com as próprias mãos e garantiu que todos os meios legais serão utilizados para garantir uma libertação rápida

Um dos países mais violentos contra os cristãos

A Nigéria já é considerada um dos países mais violentos contra os cristãos. Segundo dados divulgados pela ONG de direitos humanos ‘Portas Abertas’, em janeiro do ano passado, 4.650 cristãos foram assassinados no país africano, representando quatro quintos dos assassinatos de cristãos registrados em todo o mundo por causa de sua Fé.

Para o diretor do Centro de Estudos Estratégicos e de Segurança na África, David Otto, os inúmeros ataques dos terroristas contra a Igreja Católica ocorrem com frequência pelo fato dela pagar os altos valores exigidos pelos sequestradores para a libertação das vítimas. Em algumas ocasiões, os terroristas chegaram a exigir mais de US$ 200 mil. (EPC)