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EUA: Sacerdote surdo visita paróquia de Minnesota

Pe. Tom Coughlin é o primeiro surdo ordenado sacerdote nos Estados Unidos.

Foto: Dave Hrbacek / thecatholicspirit.com

Foto: Dave Hrbacek / thecatholicspirit.com

Redação (04/12/2022 10:37, Gaudium Press) Primeiro surdo ordenado sacerdote católico romano nos Estados Unidos, em 1977 pelos trinitários, Pe. Coughlin, 75 anos, deixou essa ordem e ajudou a fundar uma comunidade de sacerdotes e irmãos que atendem surdos, deficientes, marginalizados e minorias em paróquias e hospitais. A ordem, os Missionários Dominicanos para o Apostolado dos Surdos, está sediada em Newark, Nova Jersey.

Padre Coughlin concelebrou a Missa com o Padre Mike Krenik, pároco, na Igreja Nossa Senhora do Monte Carmelo em Minneapolis, onde cerca da metade dos paroquianos são surdos.

Pe. Coughlin contou ter se sentido só quando era noviço e pensou em ir embora. Mas seu diretor lhe disse: “Você tem que sofrer para que outras pessoas tenham mais facilidade”. Padre Coughlin entendeu então o significado de seu sofrimento. “Isso me explicou o porquê de sofrer entrando no seminário”, e decidiu ficar.

O sacerdote jesuíta William O’Brien, diretor de noviços do noviciado jesuíta de Santo Alberto Hurtado em St. Paul, convidou o Pe. Coughlin para visitar o noviço surdo Todd Honas, de Nebraska, que está em seu primeiro ano de formação. Essa oportunidade se apresentou quando o padre Coughlin teve de viajar para presidir um casamento em 19 de novembro.

O seminarista Honas, 25, tem ajudado na Igreja Nossa Senhora do Carmo desde setembro, servindo como leitor nas missas, liderando um “grupo de fé” semanal e, ocasionalmente, ministrando a Comunhão a paroquianos surdos. Pe. Coughlin ressaltou que o Pe. O’Brien esperava que ele desse apoio e encorajamento a Honas.

“É muito importante para ele que eu seja seu amigo e apoiador, porque ele é tão novo nesta experiência, entrando em uma comunidade religiosa, vida religiosa, … e estou muito feliz em aconselhá-lo e apoiá-lo”, explicou Pe. Coughlin através de um intérprete.

Os surdos enfrentam desafios significativos com os sacerdotes, por exemplo, no sacramento da penitência, porque “você não pode usar um intérprete para a confissão; você precisa de um sacerdote surdo”, que o entenda, sublinhou o seminarista. Ele gostaria que os intérpretes não fossem necessários na missa, porque a comunicação deveria ser direta.

Servir aos surdos ou com deficiência auditiva nos lembra “de que devemos estar atentos àqueles que não são capazes de usar os meios normais para fazer contato com sua fé religiosa”, afirmou Pe. Kenney, 92, que serviu aos deficientes auditivos na arquidiocese de St. Paul e Minneapolis, por 40 anos.

Com informações e foto de thecatholicspirit.com.

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