Presidente mexicano quer acusar ante o Papa os católicos que não apoiam suas reformas eleitorais
As declarações de López Obrador vieram depois das grandes manifestações contra a reforma do Instituto Nacional Eleitoral.
Redação (16/11/2022 16:00, Gaudium Press) Após as grandes marchas contra as reformas do Instituto Nacional Eleitoral (INE) e do Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário da Federação (TEPJF), promovidas pelo Poder Executivo, o presidente Andrés Manuel López Obrador disse que acusaria ante o Papa Francisco aqueles que, dentro da Igreja, se opõem a essas reformas. De fato, a Conferência Episcopal Mexicana emitiu um documento, no qual qualifica esta reforma como “regressiva” e “uma injúria à vida democrática do país”.
O Presidente López Obrador afirmou que, por ser o Papa um defensor de causas justas, “vou acusar aqueles que estão defendendo esses poderosos”.
“Não houve uma pessoa famosa que não convocasse para a marcha, colunistas, intelectuais, organizações empresariais, nem todas, enfim, até a Igreja Católica que está agindo, não toda é claro, contra esse grande Papa Francisco, que é um papa progressista, defensor dos pobres, não dos poderosos, oligarcas, corruptos, antidemocráticos”, declarou López Obrador. Dias antes ele já havia afirmado que o pontífice era um “verdadeiro cristão”, ao contrário de setores da Igreja que têm “vínculos com as elites do poder, que não se relacionam com o povo, principalmente com os pobres”.
Porta-vozes da Igreja já responderam ao presidente sobre esse tipo de acusações, ratificando a plena comunhão do episcopado mexicano com Roma.
Com informações do El Universal
Foto: Aeneas of Troy Attribution 2.0 Generic (CC BY 2.0)
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