Papa critica caminho sinodal da Igreja na Alemanha
Durante o voo de retorna a Roma, o Papa Francisco respondeu as perguntas dos jornalistas a bordo. O Papa aproveitou para afirmar que a Igreja na Alemanha deve se preocupar com o povo fiel de Deus ao invés de discutir conjecturas
Redação (07/11/2022 10:10, Gaudium Press) Do dia 3 ao dia 6 de novembro, o Papa Francisco estava no Bahrein, país insular do Golfo Pérsico, em sua viagem apostólica de número .
No voo de retorno para Roma, Francisco se reuniu com os jornalistas a bordo da aeronave para a tradicional conferência de imprensa.
Um dos jornalista alemão, Ludwig Ring, pediu para o Papa fazer um paralelo entre a Igreja Católica no Bahrein, comunidade minoritária em um país de maioria muçulmana, com a Igreja na Alemanha.
No Bahrein, apesar de ser minoria, a comunidade católica se mostrou engajada e comprometida com a fé cristã, apesar da pobreza e das restrições. Já na Alemanha, o jornalista afirmou que todos os anos são milhares de pessoas que abandonam a Igreja mesmo sendo uma igreja rica.
Papa não quer outra Igreja protestante na Alemanha
O Papa Francisco respondeu o jornalista dizendo que “a Alemanha tem uma grande e bela Igreja protestante, eu não quero outra que nunca será tão boa quanto a que existe, mas eu quero que a católica seja católica em fraternidade com a evangélica”.
Em seguida, o Santo Padre acrescentou: “Às vezes perdemos o sentido religioso do povo, do povo santo fiel de Deus, e caímos em discussões éticas, discussões conjunturais, discussões que são consequências teológicas, mas não são o cerne da teologia. O que o povo santo fiel de Deus pensa? Como se sente o santo povo de Deus? Ir ali lá descobrir como se sente, essa religiosidade simples”.
Críticas ao caminho sinodal alemão
De fato, esta não é a primeira vez que o Papa se mostra preocupado com o destino da Igreja Católica na Alemanha. Em julho deste ano, o Vaticano publicou uma carta na qual recordava que o Caminho sinodal alemão não tem autoridade para ditar normas aos Bispos e aos fiéis:
“”Para proteger a liberdade do povo de Deus e o exercício do ministério episcopal, parece necessário precisar que o ‘caminho sinodal’ na Alemanha não tem poder para obrigar os bispos e os fiéis a assumir novas formas de governar e novas abordagens da doutrina e da moral”, explica a carta. (FM)
Com informações de Vatican News.
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