CNBB orienta católicos sobre as eleições de 02 de outubro
“Votar nulo ou branco é como a atitude de Pilatos, que lavou as mãos. Devemos votar levando em conta os ensinamentos da Palavra de Deus, especialmente os ensinamentos de Jesus”.
Redação (01/10/2022 10:34, Gaudium Press) Em artigo publicado em seu portal esta semana, a CNBB orienta os católicos sobre como se portarem diante das eleições no próximo domingo, dia 02 de outubro.
O artigo, assinado por Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo da Prelazia de Itacoatiara/AM, os fiéis são orientados a não deixarem de votar, exercendo um direito e um dever cívico, importante para o futuro do país.
“Acreditamos, como o Papa Francisco, que a política é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas da caridade, porque busca o bem comum” (Exortação Apostólica Evangelli Gaudim – A alegria do Evangelho, nº 205). Segundo o Catecismo da nossa Igreja, este bem comum comporta três elementos essenciais: respeito pela pessoa humana, bem-estar social e a paz (cf. nºs. 1906 a 1909)”, destaca o bispo.
Dom José Ionilton exorta os católicos a não se absterem de votar e nem anularem o voto ou votarem em branco. Ele destaca que o resultado das eleições no segundo turno de 2018, no Brasil, mostraram que 21,30% não votaram, 2,14% votaram branco e 7,43% anularam o voto (cf. www.tse.jus.br de 13 de fevereiro de 2019).
“É verdade que o voto não esgota o exercício da cidadania, mas tem um valor fundamental para que consigamos manter o Brasil vivendo a democracia. O Concílio Vaticano II assim nos orienta: “Lembrem-se, portanto, todos os cidadãos ao mesmo tempo do direito e do dever de usar livremente seu voto para promover o bem comum” (Gaudium et Spes, 75a)”, frisa.
O artigo destaca ainda que a Igreja, ao nos incentivar a exercer o direito/dever de votar, pede que nosso voto seja:
a) CONSCIENTE: devemos saber em quem estamos votando, procurar conhecer os candidatos/as, seus partidos, suas propostas para o Brasil, para o nosso estado e nossa região;
b) LIVRE: devemos votar em quem queremos e não em quem alguém manda que votemos; devemos votar porque acreditamos na pessoa que estamos votando e nas suas propostas em vista do bem comum e jamais devemos vender o voto, porque voto não tem preço, tem consequência e porque vender e comprar voto é crime pela lei 9840/1999; diante da urna eletrônica estamos sozinhos/sozinhas, apenas nós, nossa consciência e Deus;
c) RESPONSÁVEL: devemos votar sabendo que nosso voto pode ajudar a construir o bem comum, objetivo próprio da política e não votar pensando em tirar vantagens pessoais, para nossa família ou para nosso grupo de amigos e de amigas.
A Cartilha de Orientação Política da CNBB de 2018, afirmava que “votar nulo ou branco é como a atitude de Pilatos, que lavou as mãos” (cf. página 20). “O católico e a católica devem comparecer na seção eleitoral onde está inscrito e votar. Não podemos pecar por omissão, não podemos fazer como Pilatos, lavar as mãos e deixar que Cristo continue sendo condenado à morte nos que passam fome, estão desempregados, não têm assistência social, não tem atendimento justo de saúde, sofrem violências e discriminações. Devemos votar levando em conta os ensinamentos da Palavra de Deus, especialmente os ensinamentos de Jesus.”
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