“Numa decisão boa, a vontade de Deus se encontra com nossa vontade”, assegura o Papa
O Santo Padre iniciou um novo ciclo de catequeses abordando o tema do discernimento.
Cidade do Vaticano (31/08/2022 15:39, Gaudium Press) Após concluir as catequeses sobre a velhice, o Papa Francisco iniciou um novo ciclo, desta vez abordando o tema do discernimento. Na manhã desta quarta-feira, diante de numerosos fiéis presentes na Sala Paulo VI, o Pontífice seguiu o tema: “O que significa discernir”.
Segundo o Santo Padre, discernir é um ato importante que se refere a todos, porque as escolhas constituem uma parte essencial da vida. “O discernimento se apresenta como um exercício de inteligência, de perícia e inclusive de vontade, para reconhecer o momento favorável: são estas as condições para fazer uma boa escolha”, ressaltou.
Para decidir bem é necessário saber discernir
Francisco recorda ainda que as decisões são tomadas por cada um de nós e não há quem as tome em nosso lugar. Podemos pedir um conselho, pensar, mas a decisão é própria, por isso é importante saber discernir: para decidir bem é necessário saber discernir.
O Papa advertiu ainda que no dia do juízo final “Deus fará um discernimento, o grande discernimento, em relação a nós, e é muito importante saber discernir: as grandes escolhas podem surgir de circunstâncias à primeira vista secundárias, mas que se revelam decisivas. Numa decisão boa, a vontade de Deus se encontra com nossa vontade; se encontra o caminho atual com o eterno. Tomar uma decisão justa, depois de um caminho de discernimento, é fazer esse encontro: o tempo com o eterno”.
O discernimento exige uma relação filial com Deus
Dentre os elementos indispensáveis para o discernimento estão o conhecimento, a experiência, os afetos e a vontade, entretanto, o discernimento também exige esforço. “Não encontramos diante de nós, já embalada, a vida que devemos viver. Deus nos convida a avaliar e a escolher: Criou-nos livres e quer que exerçamos a nossa liberdade. Por isso, discernir é difícil”, explicou.
Por fim, o pontífice concluiu dizendo que “o discernimento é aquela reflexão da mente, do coração que devemos fazer antes de tomar uma decisão. O discernimento é árduo, mas indispensável para viver. Requer que eu me conheça, que saiba o que é bom para mim aqui e agora. Exige sobretudo uma relação filial com Deus que nunca impõe a sua vontade, porque quer ser amado, não temido”. (EPC)
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