Cardeal Odilo preside cerimônia de imposição de hábito religioso no Mosteiro da Luz

O purpurado explicou que a escolha de se abandonar tudo para viver em um mosteiro ocorre quando a pessoa decide ser um sinal de que há algo que vale mais a pena que todas as outras coisas no mundo.

Fotos: Luciney Martins/O São Paulo.

São Paulo (25/08/2022 15:07, Gaudium Press) O Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer presidiu no último domingo, 21, a Missa da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Durante a celebração, a aspirante Maria José Santos recebeu o primeiro hábito da Ordem da Imaculada Conceição, das monjas concepcionistas.

Fotos: Luciney Martins/O São Paulo.

Por que alguém decide deixar tudo para viver em um mosteiro?

A religiosa de 49 anos é consagrada desde os 19 anos, tendo passado por diversas congregações religiosas até descobrir a vida contemplativa e abandonar tudo para ingressar no Mosteiro da Luz. Seguindo antiga tradição da vida consagrada, ao ingressar no Mosteiro, Maria José recebeu um nome religioso. O nome escolhido foi Irmã Joana Angélica do Coração de Jesus.

Durante a homilia, o Cardeal de São Paulo levantou a seguinte questão: “Por que alguém decide deixar tudo para viver em um mosteiro?”, respondendo em seguida: “Para ser um sinal de que há algo que vale mais a pena que todas as outras coisas no mundo, inclusive as boas. Sinal do Reino de Deus”.

Fotos: Luciney Martins/O São Paulo.

Processo formativo das monjas concepcionistas

Fundada no ano de 1484, na Espanha, por Santa Beatriz da Silva e 12 companheiras, a Ordem da Imaculada Conceição, também conhecida como Irmãs Concepcionistas, tem por objetivo contemplar e difundir o privilégio da Imaculada Conceição de Maria. A Ordem se baseia em três pilares: o amor a Maria Imaculada, à Paixão de Jesus Cristo e à Santíssima Eucaristia. Atualmente, existem 16 mosteiros concepcionistas no Brasil. A comunidade do Mosteiro da Luz conta com 12 monjas.

O processo formativo de uma monja concepcionista se inicia com o aspirantado, quando a candidata, após prévio acompanhamento vocacional, decide fazer uma experiência no mosteiro. Esse período dura pelo menos três meses. Em seguida, vem o período do noviciado, que dura dois anos, quando a jovem recebe o hábito e vive mais intensamente a vida monástica, estudando as regras e se aprofundando na espiritualidade da Ordem.

Após o noviciado, a candidata inicia o juniorato, quando professa os primeiros votos temporários, renovados em média por três anos, até a profissão solene, quando a jovem emite os votos perpétuos de castidade, pobreza, obediência e de clausura. As monjas do Mosteiro da Luz são as responsáveis pela confecção das famosas pílulas de Frei Galvão. (EPC)