“A velhice não precisa usar maquiagem para mostrar sua nobreza”, assegura o Papa
O Papa Francisco voltou a tratar sobre a velhice durante suas catequeses, após a pausa realizada no mês de julho e a reflexão na última semana dedicada à sua Viagem Apostólica ao Canadá.
Cidade do Vaticano (10/08/2022 10:24, Gaudium Press) Durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 10, o Papa Francisco voltou a tratar sobre a velhice durante suas catequeses, após a pausa realizada no mês de julho e a reflexão na última semana dedicada à sua Viagem Apostólica ao Canadá.
Tempo propício para o testemunho
Diante dos fiéis que lotaram a Sala Paulo VI, o pontífice assegurou que “com a chegada da velhice, uma vez que as obras da fé não dependem mais da energia e do ímpeto característicos da juventude e da idade adulta, chega também o tempo propício para o testemunho desta espera no cumprimento da promessa, que constitui o nosso verdadeiro destino: um lugar à mesa com Deus, nos céus”.
O Santo Padre também alertou que “uma velhice que é consumida no desânimo das oportunidades perdidas causa desânimo a si próprio e a todos”. Já “uma velhice “vivida com mansidão, vivida com respeito pela vida real dissolve definitivamente a incompreensão de um poder que deve ser suficiente para si e para o próprio sucesso”.
A presunção querer juventude eterna é delirante
Recordando que somos feitos para a eternidade, Francisco ressaltou que “a nossa vida não se destina a fechar-se em si mesma, numa perfeição terrestre imaginária: está destinada a ir além, através da passagem da morte, porque a morte é uma passagem. Na verdade, o nosso lugar estável, o nosso ponto de chegada não é aqui, é ao lado do Senhor, onde Ele habita para sempre”.
“A presunção de parar o tempo, querer juventude eterna, a riqueza ilimitada, poder absoluto, não só é impossível, mas também delirante. A nossa existência na terra é o tempo da iniciação à vida: é vida, mas que te leva em frente a uma vida plena, a iniciação daquela vida mais plena, que só encontra realização em Deus”, destacou.
A velhice é nobre
“A velhice conhece definitivamente o significado do tempo e as limitações do lugar em que vivemos a nossa iniciação. A velhice é sábia por isso, os idosos são sábios por isso. Por isso é credível quando nos convida a regozijar-nos com o passar do tempo: não é uma ameaça, é uma promessa. A velhice é nobre, não precisa se maquiar para mostrar a própria nobreza. Talvez a maquiagem venha quando falta a nobreza.”
O Papa Francisco concluiu resumindo que “a velhice é a fase da vida mais adequada para difundir a boa notícia de que a vida é uma iniciação para uma realização definitiva. Os velhos são uma promessa, um testemunho de promessa. E o melhor ainda está por vir. É como a mensagem do velho e da velha que acreditam que o melhor ainda está por vir. Deus nos conceda a todos uma velhice capaz disso”. (EPC)
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