Cardeal Müller: O Caminho Sinodal Alemão estava condenado desde o início
O Cardeal também comentou o pedido da presidente desse Caminho, referente ao acesso fácil ao aborto.
Redação (05/08/2022 09:03, Gaudium Press) Em entrevista à CNA Deustch, o ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé disse que o Caminho Sinodal Alemão “estava condenado desde o início, só que seus iniciadores ainda não se deram conta”.
Este Caminho é um sínodo que se realiza no seu país e que, à medida que avança, manifesta com maior clareza posições contrárias à doutrina católica, como ordenação feminina, exercícios heterodoxos do poder no interior da Igreja, mudanças na doutrina de moral sexual, entre outras. A co-presidente desse Caminho, Irma Stteter-Karp, nos últimos dias pediu um acesso fácil ao aborto.
Em fortes declarações, o Cardeal Muller afirmou que este Caminho não tem nada a ver com “sinodalidade” ou com um “caminho”, mas sim uma “organização política” que se considera “na vanguarda da Igreja universal”.
A Igreja não cria a Revelação, mas esta foi confiada a ela
“A Revelação é confiada à Igreja para ser fielmente preservada e não como o Caminho Sinodal quis fazer desde o início, ou seja, como uma assembleia que de alguma forma teria o direito e a autoridade de ir além da constituição sacramental da Igreja e reinterpretar a Revelação”, explicou o purpurado alemão.
O Cardeal também criticou a resposta dada pelos presidentes desse sínodo, Mons. Georg Bätzing e Irme Stetter-Karp, à recente advertência do Vaticano, que lhes dizia que não tinham poder para mudar a moral e a estrutura da Igreja, e que isso poderia representar um ataque à unidade católica.
“Quem apoia esses crimes para toda a população não pode ser um reformador da Igreja”, observou também o Cardeal Muller, referindo-se ao pedido de Stetter-Karp de acesso ao aborto.
“Afinal – acrescentou o cardeal alemão – a Igreja não é objeto de nossa reforma. A Igreja foi fundada por Cristo, não pode ser reformada porque é insuperável; só nós podemos trilhar o caminho e esse caminho é o do arrependimento e da renovação”.
“Temos que nos reformar e nos renovar em Jesus Cristo e assim responder aos desafios de hoje”, concluiu.
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