Bispo da Igreja chinesa celebra nascimento do Partido Comunista da China
Os católicos foram convidados a “ouvir a palavra do Partido, sentir a graça do Partido e seguir o Partido”. As celebrações aconteceram no dia 29 de junho, Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, dois dias antes do “aniversário” oficial do Partido.
Redação (05/07/2022 08:35, Gaudium Press) O aniversário de fundação do Partido Comunista da China (PCC) foi celebrado na última quarta-feira (29 de junho), Solenidade de São Pedro e São Paulo, na Catedral da Sagrado Coração de Jesus em Leshan (Sichuan). O Bispo Paul Lei Shiyin, alguns sacerdotes e religiosas participaram da cerimônia.
Oficialmente, em 1º de julho de 1921, foi fundado o Partido sob a liderança de Mao Zedong. Nesta ocasião, a comunidade católica foi convidada a “ouvir a palavra do Partido, sentir a graça do Partido e seguir o Partido”.
Uma fonte católica relatou à agência de notícias AsiaNews que, na China, “não se trata mais de ouvir o Senhor, de sentir sua graça e segui-lo. Esta é a origem da doença da Igreja chinesa hoje, é difícil fugir da influência da ideologia. A política entrou na Igreja”.
O Bispo Lei, ordenado em 2011 sem o mandato papal, é um personagem muito discutido. Há rumores de que ele tem uma amante e filhos.
O Papa Francisco suspendeu sua excomunhão depois que o Vaticano e a China assinaram um acordo sobre nomeações episcopais.
Renovado em outubro de 2020, o acordo não impediu a perseguição de membros da Igreja Católica, especialmente aqueles que pertencem à Igreja “clandestina” e que não querem se submeter aos órgãos religiosos controlados pelo Partido.
Com Xi Jinping reprimindo as atividades de todos os grupos religiosos, o espaço de ação dos católicos chineses foi substancialmente reduzido.
Em 1 de junho, entraram em vigor novas medidas para a gestão financeira dos espaços religiosos. As medidas administrativas para informações religiosas online entraram em vigor em 1º de março.
Em fevereiro, a Administração Estatal para Assuntos Religiosos, entidade governamental sob o controle da Frente Única do Partido Comunista Chinês, divulgou as medidas administrativas para os religiosos: monges, sacerdotes, bispos, etc.
Em fevereiro de 2018, o Partido Comunista adotou novos regulamentos sobre atividades religiosas, segundo os quais religiosos e religiosas só podem exercer suas funções após alistarem-se em órgãos “oficiais” e se submeterem ao Partido Comunista.
Com informações Asianews
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