Cardeal Müller: uma parte da Igreja na Alemanha não é apenas cismática, mas apóstata
O cardeal alemão escreveu para o portal Kath.net sobre o chamado Caminho Sinodal Alemão.
Redação (23/06/2022 16:26, Gaudium Press) Em uma nova e contundente crítica ao Caminho Sinodal Alemão, o Cardeal Gerhard Müller, ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, deplora a “fixação monotemática da sexualidade” como “imagem do homem sem o Deus vivo” e o “niilismo antropológico”.
Opinando para o portal kaht.net, o cardeal se referiu ao que o Papa disse ao presidente do episcopado alemão, Mons. Georg Batzing, que veio à tona : “Na Alemanha há uma Igreja protestante muito boa. Não precisamos de duas.”
Perda da hermenêutica católica
Na opinião do Cardeal Müller, o Papa aponta para a “perda da hermenêutica católica (epistemologia)”, “com a qual o comitê do ‘Caminho Sinodal’, e também dois terços do episcopado alemão, não apenas entraram em cisma, mas também entraram diretamente em contradição apostólica com o Credo Católico e desvalorizaram o adjetivo ‘católico’ para uma mera frase tradicional”.
Sobre as críticas ao sacerdócio e ao celibato sacerdotal do Caminho Sinodal, o purpurado ressaltou que o “ministério dos bispos, sacerdotes e diáconos” não é “absolutamente infundado biblicamente e apenas uma forma especial ou errônea de seu próprio desenvolvimento”, “mas a continuação da missão de Cristo a partir do Pai (Jo 20,21) na autoridade do Espírito Santo (At 20,28)”.
“A tenaz luta contra o celibato dos sacerdotes e a infame suspeita do celibato carismático, escolhido livremente pelo Reino dos Céus, como fonte e causa de perversões sexuais até agressões criminosas a adolescentes, é uma prova convincente do distanciamento do pensamento católico [do Caminho Sinodal] e em geral da negação da graça, que não contradiz a natureza, mas antes a purifica, eleva e aperfeiçoa”.
O Cardeal Müller convocou a Igreja na Alemanha ao arrependimento.
Com informações CNA e Infocatolica.
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