EUA: Presidente da Câmara dos Deputados proibida de receber a comunhão
O Arcebispo Cordileone proíbe a Presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, de receber a comunhão por seu apoio ao aborto.
Redação (21/05/2022 10:37, Gaudium Press) Mons. Salvatore Cordileone, Arcebispo de São Francisco, proibiu Nancy Pelosi, Presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, de receber a comunhão em sua Arquidiocese por seu apoio ao aborto.
“Depois de inúmeras tentativas de falar com ela e ajudá-la a entender o grave mal que ela está cometendo, o escândalo que está causando e o perigo em que está colocando sua própria alma, eu determinei que chegou a hora de fazer uma declaração pública de que não deve ser admitida à Sagrada Comunhão”, escreveu o arcebispo em um comunicado divulgado ontem.
“Católica devota”
Para que a decisão do prelado seja anulada, Pelosi – que se declarou uma “católica devota” – deve “repudiar publicamente seu apoio ao ‘direito’ ao aborto, confessar-se e receber a absolvição por sua cooperação com esse mal no sacramento da Penitência”.
O prelado declarou ter enviado a ela uma comunicação sobre a decisão (ela controla as discussões na Câmara), comunicação que agora é pública.
O arcebispo disse que assume assim um dever que não lhe agrada, que admira o cuidado com os pobres que Pelosi adota, e que ela continuará em suas intenções de oração, mas “infelizmente, a posição de Pelosi tem se tornado mais radical ao longo dos anos, especialmente nos últimos meses”.
Mons. Cordileone até lembrou uma recente declaração ofensiva de Pelosi: “As pessoas me dizem ‘Nancy Pelosi acha que sabe mais sobre ter bebês’ do que o Papa. Sim, sei mesmo. Vocês são burros?”
O prelado destacou as cartas que tem recebido continuamente sobre o escândalo deste tipo de católicos, que na vida pública promovem tão grandes males. E lembrou que sua determinação se baseia no cânon 915 do Código de Direito Canônico, que determina que “não devem ser admitidos à Sagrada Comunhão os excomungados e os que estiverem em causa após a imposição ou declaração da sentença, e os que persistirem obstinadamente em pecado grave manifesto” como o aborto.
Apoio dos Bispos
Vários bispos americanos já se pronunciaram em manifestações de solidariedade à medida do prelado.
Por exemplo, Mons. Samuel Aquila, Arcebispo de Denver, ressaltou que Mons. Cordileone é um pastor com a mente de Cristo, e que “os ensinamentos da Igreja são claros sobre as pessoas que colocam em risco suas almas se elas se separam de Deus por causa de um pecado grave e depois recebem a Santíssima Eucaristia de maneira indigna. (…) E quando essa pessoa é uma pessoa pública, o amor à comunidade significa protegê-la do escândalo e da confusão e evitar que outros sejam levados ao pecado se não virem o problema adequadamente”.
Por sua vez, Mons. Donald Hying, Bispo de Madison, disse que apoiava “plenamente a decisão prudente do Arcebispo Salvatore Cordileone de reconhecer que a Presidente da Câmara dos Representantes, a Congressista Nancy Pelosi, tem tomado posições públicas persistentemente apoiando o aborto legal, contra a sua fé católica professada, optando por se separar da plena comunhão com a Igreja Católica, e portanto não deve se apresentar para a recepção da Sagrada Comunhão na Arquidiocese de São Francisco”.
Com informações CNA e The Pillar.
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