Catedral católica é atacada por multidão de muçulmanos na Nigéria
A Nigéria está em sétimo lugar na lista de perseguição de cristãos compilada pelo grupo Open Doors.
Nigéria – Sokoto (16/05/2022 15:44, Gaudium Press) A Catedral católica de Sokoto, localizada na Nigéria, foi alvo da violência de uma multidão de muçulmanos após a polícia local prender dois suspeitos pelo assassinato da estudante cristã Deborah Samuel.
A estudante da Shehu Shagari College of Education em Sokoto, foi espancada e queimada no dia 11 de maio após ser acusada de postar declarações “blasfemas” sobre o Islã em um grupo de WhatsApp.
Igrejas depredadas
Um grupo de jovens atacou a Catedral Católica da Sagrada Família, destruindo os vitrais do templo e também vandalizando um ônibus comunitário que estava estacionado dentro das instalações da comunidade católica. Uma equipe de policiais chegou a tempo de dispersar a multidão e evitar que fossem causados mais danos.
A Igreja Católica de Kevin, Gidan Dere, Eastern By-pass, também foi atacada e parcialmente incendiada; além disso, as janelas do novo complexo hospitalar em construção, no mesmo local, foram quebradas. Também foi atacado o Centro Bakhita localizado ao longo da Aliyu Jodi Road.
Toque de recolher
Com o objetivo de conter os protestos, o governo do estado de Sokoto declarou um toque de recolher de 24 horas, durante esse período todas as Missas na metrópole de Sokoto foram suspensas pelo Bispo de Sokoto, Dom Matthew Hassan Kukah
O prelado exortou aos cristãos para que permaneçam cumpridores da lei e rezem pelo retorno da normalidade. “Condenamos este incidente nos termos mais fortes e pedimos às autoridades que investiguem essa tragédia e garantam que todos os culpados sejam presos”.
Perseguição religiosa na Nigéria
Sokoto é uma cidade predominantemente muçulmana, com mais de 600.000 habitantes, no extremo noroeste da Nigéria, um país dividido entre cristãos e muçulmanos. A Nigéria está em sétimo lugar na lista de perseguição de cristãos compilada pelo grupo Open Doors.
Os cristãos do país africano têm sofrido crescente insegurança nos últimos anos por parte do grupo terrorista Boko Haram e da Milícia Fulani, um grupo nômade predominantemente muçulmano. O presidente do país é acusado pelos cristãos por não combater esta violência. (EPC)
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