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Uma nova primavera para a Igreja

“Por muitos séculos, o mês de maio esteve intimamente relacionado à devoção à Bem-Aventurada Virgem Maria…”

R204 REP D Imagem de Nossa Senhora de Fatima

Redação (13/05/2022 14:18, Gaudium Press) Desde há muitos séculos, o mês de maio se relaciona intimamente com a devoção a Maria Santíssima, de fato, assim como no primeiro dia de maio, atinge a primavera sua plenitude (no hemisfério norte) e se esquecem das agruras do inverno, da mesma forma, a aparição da Santíssima Virgem na história do mundo traz uma “Nova Primavera de graça” para a humanidade, e o consequente esquecimento das agruras trazidas pelo pecado original.

Analisando com olhar crítico as últimas notícias que nos chegam de todos os pontos cardeais sobre a situação atual da Santa Igreja Católica, podemos constatar que o Corpo Místico de Cristo está passando pelas agruras de um “novo” inverno, apesar de que, para 2000 anos de história, não há inverno novo: perseguições declaradas e veladas, profanações de seus templos e de seus cultos, confisco de seus bens, ciladas a suas doutrinas e crenças, difamações caluniosas de suas instituições, desacralização do culto e muito mais.

Mas é impossível não ver por trás de tudo isso as primeiras luzes de uma “Nova Primavera”. “As portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16, 18), afirmou Nosso Senhor Jesus Cristo em Cesaréia de Filipe; podem atacá-la, sacudi-la, espancá-la, desfigurá-la e até prostituí-la distorcendo sua doutrina, mas jamais conseguirão acabar com ela, pois o “não prevalecerão” indica que, em determinado momento, ela ressurgirá da espessa camada de neve que a cobre e se erguerá imaculada acima de todos os povos, revestida com um esplendor e uma beleza como nunca se viu na história.

Na primavera, as flores nos mostram todo o seu encanto, as rosas a sua elegante beleza, os lírios a sua cândida pureza, as margaridas a sua atraente inocência, as tulipas a sua delicada organização… No entanto, parafraseando o Divino Redentor, podemos dizer que nenhuma delas se vestiu de tanta beleza e esplendor como a Bem-Aventurada Virgem Maria (Mt 6, 28-29), porque o próprio Deus a revestiu com as mais belas graças e virtudes que nenhuma criatura humana jamais poderia ter.

Peçamos a Maria Santíssima que faça florescer prontamente na Santa Igreja Católica as mesmas graças e virtudes que resplandecem em suas vestes. Estes serão os primeiros raios de uma “Nova Primavera Marial” de beleza e esplendor sem precedentes na história da Igreja, prelúdio do triunfo do Imaculado Coração de Maria em toda a face da terra, como Ela mesma o anunciou em Fátima.

«E de pouco vale que os nossos adversários riam destas previsões porque: “O riso da coruja não consegue retardar a aurora que se levanta”[1]1

Por Guillermo Torres Bauer


[1] Plinio Corrêa de Oliveira. Legionário, 14 de julho de 1940, nº 409.

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