A Paixão de Nosso Senhor: luzeiro no firmamento da Santa Igreja
Podemos afirmar que estamos vivendo um auge da História, no qual, mais do que nunca, a sede do Redentor se intensifica, enquanto todas as almas se definem entre o bem e mal.

Mas – por incrível que pareça – há um firmamento que supera o nosso em beleza e esplendor; nele não são as estrelas que cintilam, mas as festas litúrgicas que espalham o seu brilho. Quais magníficas constelações, elas também obedecem a um ciclo – não do ano solar, mas sim do Ano Litúrgico – no qual uma cede lugar à outra, não sem antes nos fazer reviver a comemorada.
Ora, quem contempla este céu no dia de hoje, Sexta-Feira Santa, pode divisar um sério, reluzente e majestoso cruzeiro: a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.
“Tenho sede”
Hoje é o único dia do ano em que não há Missa, pois a Igreja está em santo luto pela morte de Nosso Senhor. Entretanto, realiza-se uma solene cerimônia na qual se canta ou proclama o tão sublime Evangelho da Paixão.
Analisemos, pois, apenas um aspecto desta ação litúrgica: dentre as “Sete Palavras de Cristo”, há uma que parece soar especialmente à Igreja em nossos dias: “Tenho sede” (Jo 18,28).
Destarte, estamos vivendo um auge da História, no qual a sede do Redentor se intensifica; enquanto todas as almas se definem entre o bem e o mal.
Vendo tantos O abandonarem neste importante momento, Nosso Senhor brada novamente do alto do Sagrado Madeiro: “Tenho sede”. Eis o brado de definição por excelência, pois, naquele momento, Jesus poderia ter pedido perdão aos homens pelos “exageros” da doutrina que pregara. Mas não, Ele reafirma a sua posição e só pede uma coisa: sanar a sua sede.
Mas afinal, do que Nosso Senhor tem sede? Ele tem sede de almas, tem sede de conversão! E nós temos o poder de saciar essa sede. Quando o faremos? Quando nos definiremos inteiramente a favor do bem?
A História se repete
Aliás, a Igreja também tem sede, visto que ela revive a Paixão Cristo, já que muitos tentam desfigurar a sua sagrada face. De nossa parte, católicos fiéis, cabe vermos por detrás deste “desfiguramento”, o que Ela sempre foi, é e será: santa, imaculada e indefectível.
A História, com efeito, se repete, pois na Paixão da Santa Igreja não faltam os bons que dormem, tampouco os “Judas”; não é difícil encontrar os fariseus e os mestres da lei odientos e, menos ainda, os tíbios “Pilatos” que lavam suas mãos enquanto a Igreja, sedenta, é crucificada.
Nesse grandioso quadro, que papel escolheremos? Eis o convite que nos é feito nessa Sexta-Feira Santa de 2022.
Por Lucas Resende





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