Cardeal Parolin espera que haja modificações no acordo China-Vaticano
Mas não especifica que tipo de modificações. O texto do acordo permanece secreto.
Redação (12/04/2022 14:44, Gaudium Press) Em entrevista à CNA, o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, disse esperar que o acordo entre a China e o Vaticano, assinado em outubro de 2020 e válido por dois anos, possa ser modificado.
O acordo, objeto de diversas críticas de setores católicos, não foi publicado. O cardeal “não entrou em detalhes nem explicou com precisão quais aspectos ele espera mudar”, afirmou o entrevistador Andrea Gagliarducci da CNA.
Este acordo foi assinado provisoriamente em setembro de 2018 e depois renovado sem alterações em outubro de 2020, por um período de dois anos.
Desde então, seis bispos católicos foram ordenados na China, com a aprovação não só da Santa Sé, mas também do governo comunista chinês. Aí residem fundamentalmente as objeções de vários setores, que veem essa condição como uma interferência de um governo comunista a uma ação especificamente eclesiástica, de um governo que para muitos está mais preocupado de que nada impeça seu domínio e a implementação de seus princípios.
O fato de não serem conhecidos os termos exatos do acordo levanta muitas suspeitas de que o governo comunista teria poderes exagerados no método de escolha dos bispos.
À medida que a data de vencimento se aproxima, o Cardeal Parolin declara: “Estamos refletindo sobre o que fazer. A COVID não nos ajudou porque interrompeu o diálogo em andamento. Estamos tentando retomar o diálogo de maneira concreta, com reuniões que esperamos que aconteçam em breve. Vamos refletir sobre os resultados do acordo e possivelmente sobre a necessidade de esclarecimentos ou revisão de alguns pontos”.
Deixe seu comentário