Padre Ladislau Klinicki, Salesiano mais idoso do mundo, falece em São Paulo
“Com muito pesar comunico o falecimento do nosso querido irmão Padre Ladislau Klinicki. Deus lhe conceda a recompensa do servo fiel”, informou o diretor da Comunidade Salesiana Santa Teresinha em São Paulo.
São Paulo (12/04/2022 09:29, Gaudium Press) O Padre Ladislau Klinicki, conhecido como o salesiano mais idoso do mundo, faleceu nesta terça-feira, 12 de abril, aos 107 anos. A notícia foi confirmada pelo Padre José Adilson Morgado, diretor da Comunidade Salesiana Santa Teresinha em São Paulo: “Com muito pesar comunico o falecimento do nosso querido irmão Padre Ladislau Klinicki. Deus lhe conceda a recompensa do servo fiel”.
O velório do Padre Ladislau está marcado para ser iniciado a partir do meio-dia na Paróquia Santa Teresinha. Às 15h será celebrada uma Santa Missa de Exéquias no mesmo local. E às 16h30 será realizado o sepultamento no cemitério Santíssimo Sacramento, no Jazigo dos Salesianos.
Breve biografia do Padre Ladislau Klinicki
Ladislau Klinicki nasceu no ano de 1914 na cidade de Kursk, na Rússia. Seu pai, Karol Klinicki, era ferroviário, já a sua mãe, Katarzyna Kitlinska, era funcionária pública. Ele teve quatro irmãos: Boleslau, Maria, Estela e Francisco. No ano de 1934 fez sua primeira profissão religiosa como salesiano, sendo ordenado sacerdote no ano de 1943, em Varsóvia.
Preso em um campo de concentração nazista
No dia 4 de março de 1942, a casa Salesiana localizada em Roma foi invadida por militares alemães, que haviam ocupado a cidade no ano anterior, e o Padre Ladislau e sua comunidade foram levados como prisioneiros de Adolf Hitler. Em seu livro de memórias, intitulado “A um Passo da Morte”, o sacerdote conta que “a maior ajuda espiritual para nós foi a confiança na Misericórdia de Deus e a oração”. Padre Ladislau permaneceu como prisioneiro em campos de concentração nazistas durante cinco anos.
Atuação no Brasil
Em 1968 veio ao Brasil, onde, durante dois anos atuou como capelão dos poloneses no bairro do Bom Retiro, da capital paulista. Logo depois passou sete anos em Lavrinhas (SP), onde ministrou aulas e foi confessor dos aspirantes. Foi vigário paroquial por um ano na Paróquia São João Bosco, em Americana (SP), e depois voltou a trabalhar com os aspirantes, durante dez anos, dessa vez na cidade de Pindamonhangaba (SP). De volta a Lavrinhas, permaneceu por mais dois anos e, desde 1990, já com 76 anos, passou a compor a Comunidade Santa Teresinha, na capital paulista.
Confessor devoto da Divina Misericórdia
Sua ação missionária, em seus últimos anos, foi marcada pelo ministério das confissões. Seus conselhos eram sempre acompanhados da expressão “Jesus, eu confio em Vós”, palavras de Santa Faustina Kowalska, apóstola da Divina Misericórdia. No ano de 2020 recebeu a medalha São Paulo apóstolo, na categoria serviço sacerdotal. Esta premiação, ofertada pela Arquidiocese de São Paulo tem como objetivo valorizar, estimular e dinamizar a vida eclesial e pastoral na Arquidiocese. (EPC)
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