Vaticano inicia os preparativos para celebrações de Domingo de Ramos e Páscoa
A decoração será feita por funcionários do Serviço de Infraestrutura e Serviços do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano.
Cidade do Vaticano (08/04/2022 15:26, Gaudium Press) No próximo dia 10 de abril, no qual a liturgia católica celebrará o Domingo de Ramos, a Praça de São Pedro será adornada com centenas de arranjos florais como ocorre tradicionalmente no início da Semana Santa.
Ramos de oliveira serão distribuídos aos fiéis presentes na Praça de São Pedro. A decoração será feita por funcionários do Serviço de Infraestrutura e Serviços do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano em colaboração com os que ofertaram as flores e plantas para esta ocasião.
O Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice fornecerá as ‘palmeiras fenix’. Além disso, também estarão presentes os tradicionais ‘parmureli’, folhas de palmeira entrelaçadas, provenientes da cidade de Sanremo. Grandes oliveiras serão colocadas perto das imagens dos Santos Pedro e Paulo aos pés do adro da Basílica de São Pedro.
As decorações florais na Praça de São Pedro por ocasião da Santa Páscoa serão realizadas graças à generosa contribuição dos floristas holandeses e dos professores de floricultura e biotecnologia de Naklo, na Eslovênia, com a colaboração dos jardineiros do Vaticano que trabalharão durante todo o dia da Sexta-feira Santa a fim de predispor e concluir a decoração no dia seguinte.
Origem da Tradição das ‘parmureli’
A tradição das ‘parmureli’ surgiu em 10 de setembro de 1586 na Praça de São Pedro, quando foi levantado o obelisco egípcio de 26 metros de altura, pesando 350 toneladas, tendo como protagonista o Capitão Benedetto Bresca, de San Remo. Dada a complexidade da operação, o Papa Sisto V havia ordenado o silêncio absoluto dos trabalhadores.
Ao observar que as cordas que levantavam o obelisco estavam por se romper, Bresca, conhecedor da técnica para evitar o acidente e transgredindo a ordem, gritou: “Água nas cordas”. As cordas foram então molhadas e a operação completada sem problemas. Sisto V, agradecido, ofereceu a ele a escolha de uma compensação. Bresca pediu o privilégio de ter a honra de ser o fornecedor oficial das palmas pascais ao Pontífice.
Nos anos 70 a tradição das ‘parmureli’ serem enviadas da Ligúria foi interrompida, quando coube às monjas camaldulenses a missão de trançar as folhas novas das palmeiras para as igrejas de Roma. No ano de 2003, através de uma iniciativa do Centro de Estudos e Pesquisa das Palmas, da Cooperativa Social ‘Il Cammino’ e da Prefeitura de San Remo, a antiga tradição foi retomada, permanecendo até os nossos dias. (EPC)
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