Mons. Shevchuk: A guerra na Ucrânia é uma luta contra o mal
Arcebispo de Kiev fez alguns comentários depois que o mundo ficou chocado ao ver os cadáveres de civis em Bucha.
Redação (05/04/2022 16:46, Gaudium Press) É verdade que um analista poderia achar explicáveis as repetidas declarações de Mons. Sviatoslav Shevchuk, Arcebispo Maior dos greco-católicos ucranianos, ao invectivar a sangrenta invasão russa, uma vez que ele não deixa de ser ucraniano.
No entanto, ao ver as fotos dos civis assassinados por soldados russos em Bucha, suas palavras encontram outro eco e ouvidos mais solícitos em todos os seus ouvintes:
“Uma montanha de corpos, rios de sangue, um mar de lágrimas” é a realidade atual da Ucrânia, como expressou, de Kiev, o arcebispo em vídeo mensagem ontem, 4 de abril.
As palavras do Arcebispo chegam ao seu público depois de o mundo inteiro ter visto com horror as imagens de corpos de civis na cidade de Bucha e outras das quais os russos se retiraram: corpos jogados nas ruas, nos pátios das casas. Corpos que tudo indica foram sumariamente executados, corpos cujas mãos estão atadas. Ou seja, provas de possíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade perpetrados pelos ‘salvadores’ russos.
A luta da virtude contra o mal
Neste quadro de desolação, o Arcebispo faz um apelo à prática das virtudes:
“Sabemos que nossos vícios e pecados devem ser vencidos por virtudes opostas”, afirmou ele no vídeo. “O orgulho se combate com a humildade, a ganância se cura com o sacrifício, a preguiça se trata com a diligência”, ressaltou.
“Hoje vemos imagens horríveis. Imagens terríveis de tudo o que o ocupante deixou em solo ucraniano. Vemos valas comuns de pessoas que foram baleadas na nuca. Vemos cidades e aldeias destruídas. Vemos destinos humanos mutilados”, expressou. “Por isso, é preciso pôr mãos à obra e lutar.”
“Se o inimigo nos mata (e) semeia a morte, sirvamos à vida, honremos a vida humana desde a concepção até a morte natural”, sublinhou.
“Vemos que hoje o inimigo está roubando os ucranianos, roubando, saqueando.” Em resposta, os ucranianos devem ser “generosos e apoiar aqueles que precisam da caridade cristã”.
Onde os russos estão “destruindo tudo”, os ucranianos devem “construir, começar a trabalhar”, inclusive iniciando o plantio da primavera, se possível.
“Façamos o bem, e então o mal será derrotado”, enfatizou o Arcebispo.
Com informações Catholic News Service
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