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França: Relatório parlamentar aponta aumento de atos antirreligiosos

Dois parlamentares franceses concluíram um relatório sobre a incidência de atos antirreligiosos na França e propõem medidas para melhorar a situação

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Redação (23/03/2022 12:55, Gaudium Press) Em dezembro de 2021, o Primeiro ministro francês, Jean Castex, encarregou a deputada Isabelle Florennes e o deputado Ludovic Mendes de redigirem um relatório sobre a violência religiosa na França.

Aumento do ódio e aumento da gravidade dos atos antirreligiosos

Após quatro viagens pelo país e finalizadas as quase 30 audições com vários líderes religiosos, guardas, policiais, pesquisadores entre outras pessoas, os deputados apresentaram o relatório no último dia 17 de março.

O documento traz dados dos últimos 10 anos e mostra não somente um aumento notável de atos antirreligiosos, mas também um aumento na gravidade desses atos.

Em uma roda de imprensa no início do ano, os deputados tinham explicado aos jornalistas que a gravidade dos atos aumenta e que se agrava com o “ódio pela internet”.

Os números apresentados pelo ministério do Interior mostram que, em 2021, 1659 atos antirreligiosos foram registrados: 857 contra os cristão; 589 contra os judeus e 213 contra os muçulmanos.

Mais que números frios de uma estatística, os resultados da recente pesquisa descrevem a alma de um povo no que ele tem de mais elevado: a religiosidade.

Números inferiores à realidade

Embora os números sejam grandes, os deputados afirmam que estão muito abaixo da realidade. Ainda assim, desde 2015 os atos variam entre 1500 e 2000 por ano.

Com efeito, é difícil separar estatisticamente o grau de gravidade de cada ato. Ademais, as queixas e acusações não são automáticas, muitas vezes as vítimas se habituam.

Eles também explicam as dificuldades de medir o impacto dos atos religiosos em um país que não dispões de dados estatísticos de religião e etnia como é o caso da França.

Afim de combater esse aumento de ódio religioso, os deputados propuseram algumas medidas governamentais.

Para Conferência Episcopal da Polônia, tanto o ensino religioso na escola quanto a catequese na paróquia são necessários.

Medidas para combater os atos de ódio contra a religião

Uma delas é de aumentar em mais 5 anos o orçamento que é destinado à prevenção da delinquência e da radicalização e que permite aumentar a segurança nos locais de culto.

A repressão contra atos de ódio nas redes sociais é outra medida desejada por eles. Ademais, o relatório pede pelo ensino religioso na escola.

“Há uma verdadeira necessidade de educação sobre religião” conforme explicou Deputado Mendes que continuou dizendo que não se pode “rejeitar o debate da religião sob pretexto da laicidade escolar”. (FM)

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