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Padre Martín: Consagração e conversão

Só a consagração “não basta”. Pe. Martin lembrou as leis permissivas pró-aborto na Ucrânia e como a ideologia de gênero está implantada no país.

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Redação (21/03/2022 15:56, Gaudium Press) Em seu último vídeo na Magnificat.tv , o conhecido Pe. Santiago Martín, fundador dos Franciscanos de Maria, comenta o ato que acontecerá no dia 25 de março, quando o Papa Francisco, em união com os bispos de todo o mundo, consagrará a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria.

Depois de expor a impossibilidade de os três pastorinhos terem inventado a mensagem de Fátima, Pe. Martín afirma que, no início, os Papas não deram muita atenção à mensagem. Mas “na medida em que a União Soviética foi se tornando aquele perigo anunciado por Nossa Senhora e o comunismo demonstrava sua crueldade”, mostrando ser real o anúncio da propagação dos erros da Rússia por Nossa Senhora em 1917, “nesse sentido eles começaram a se preocupar.”

Enquanto essa consciência crescia, os Papas “começaram a fazer, com muita delicadeza, a consagração da Rússia ao Imaculado Coração. Muito delicadamente, para não ofender os soviéticos.”

Padre Martín recorda que, em 1984, São João Paulo II, “unido aos bispos de todo o mundo, fez essa consagração. Mas mesmo assim ele fez isso sem nomear explicitamente a Rússia, por alusão.” Na opinião do sacerdote, o efeito dessa consagração foi a queda do Muro de Berlim e o colapso da União Soviética e seu “império aterrorizante”.

Mas agora, no contexto da guerra na Ucrânia, e seguindo o pedido dos bispos de rito latino na Ucrânia, o Papa aceitou o pedido e realizará a consagração em 25 de março. Esse é um gesto que deve ser apreciado, que “chega com atraso”, mas que deve ser apoiado e se unir a ele.

No entanto, a consagração “não é suficiente. Uma consagração não é apenas dizer uma oração. Seria muito fácil. Nossa Senhora em Fátima falou, pediu que houvesse conversão e penitência. Sem essa conversão, a consagração é simplesmente um bom desejo, ainda que tenha seu valor. A conversão é necessária.”

Não esquecer dos outros inocentes mortos

O sacerdote afirma que a Ucrânia é provavelmente o país do mundo onde há mais clínicas de gestação por substituição, “clínicas onde as mulheres são pagas para engravidarem; recebem dinheiro para que tenham filhos para outra pessoa”. O governo apoia esse tipo de clínica, e lá era “um negócio de sucesso até que a guerra estourou”.

Da mesma forma, na Ucrânia, “o aborto é totalmente permitido até os três meses” de gestação, e permitido até os sete meses com poucas exceções, algo apoiado pelo presidente Zelensky, que “é um abortista totalmente convencido” e que gostaria de ampliar ainda mais o aborto. Da mesma forma, a ideologia de gênero está implantada no país, afirma Pe. Martin.

“A conversão é necessária.” A guerra que martiriza a Ucrânia é “desumana, é aterradora, mas não devemos esquecer as mortes dos inocentes que caem todos os dias nas mãos do aborto nesse mesmo país”.

“Consagração com conversão” é a conclusão da mensagem do sacerdote dos Franciscanos de Maria.

“Se não, não haverá paz; enquanto houver leis assassinas contra os inocentes… (…) rezemos para que com esta consagração haja uma conversão de corações e a Ucrânia que emergir desta catástrofe seja uma Ucrânia muito mais humana, onde a vida de todos os inocentes seja protegida, salvaguardada”.

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