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Secretário de Estado do Vaticano condena ataque russo a hospital infantil

O Cardeal Pietro Parolin condenou o ataque aéreo russo contra uma maternidade e hospital infantil na Ucrânia e declarou que o telefonema com Sergey Lavrov não deu nenhuma garantia sobre o cessar-fogo

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Redação (10/03/2022 12:55, Gaudium Press) Respondendo às perguntas dos jornalistas, na quarta-feira 9 de março, o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado da Santa Sé, classificou de inaceitável o bombardeio russo que destruiu um hospital infantil em Mariupol.

“O bombardeio de um hospital pediátrico é inaceitável. Não há razões (para isso)” foi a declaração que o Cardeal fez a propósito de um ataque aéreo russo na cidade ucraniana de Mariupol.

Um ataque inaceitável

O hospital-maternidade foi praticamente todo destruído e segundo um comunicado da Ucrânia 3 pessoas morreram, incluindo uma criança, e outras 17 pessoas ficaram feridas.

“A primeira versão que foi dada para esta guerra foi que era uma operação militar destinada apenas a destruir instalações militares na Ucrânia para garantir a segurança da Rússia. Bombardear um hospital infantil, um hospital pediátrico, não tem nada a ver com esse propósito”, continuou o Cardeal

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Preocupação crescente e garantias ausentes

Parolin mostrou sua preocupação com o avanço da guerra. E, se bem que o Vaticano, se esforce por favorecer as tratativas de paz entre a Ucrânia e a Rússia, o Secretário de Estado disse que o espaço para negociações ainda é restrito.

Fazendo referência ao telefonema que teve no dia anterior, 8 de março, com o ministro russo das relações exteriores, Sergey Lavrov, Parolin declarou que a conversa não deu nenhuma garantia, nem mesmo sobre os corredores humanitários.

Justificativas de Lavrov

O mesmo ministro Sergey Lavrov justificou o ataque ao hospital ucraniano afirmando que a maternidade e o hospital pediátrico não possuíam pacientes e serviam de base militar do exército ucraniano.

“Este hospital pediátrico foi retomado há tempos pelo batalhão de Azov e por outros radicais, e todas as mulheres que iam dar à luz, todas as enfermeiras e todo pessoal de apoio haviam sido expulsos”, explicou Lavrov. (FM)

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