Papa presidirá consistório para a canonização de três Beatos
Durante o encontro se decidirá a data da canonização dos seguintes Beatos: Tito Brandsma, mártir em Dachau, e duas fundadoras que viveram entre os séculos XIX e XX.
Cidade do Vaticano (22/02/2022 12:01, Gaudium Press) No dia 4 de março, às 10h30 (horário de Roma), o Papa Francisco presidirá um Consistório Ordinário Público para a votação de algumas Causas de Canonização. O evento, que será realizado no Palácio Apostólico, no Vaticano, será precedido pela Hora Terça.
Durante o encontro com os Cardeais, o Pontífice decidirá a data da canonização de três beatos, cujos decretos foram autorizados pelo Santo Padre entre os meses de novembro e dezembro de 2021.
De acordo com uma nota assinada pelo mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, Monsenhor Diego Ravelli, serão canonizados os seguintes Beatos: Tito Brandsma, mártir em Dachau, e duas fundadoras que viveram entre os séculos XIX e XX.
Beato mártir Padre Titus Bradsma
Titus Bradsma, holandês, padre professo da ordem carmelita, professor há muitos anos, viveu o auge de seu ministério durante o nazismo que também se alastrou na Holanda. Na qualidade de assistente eclesiástico da associação de jornalistas católicos, visita as redações do país e as encoraja a resistir ao regime.
Ele foi preso em janeiro de 1942 e morto no dia 26 de julho seguinte, aos 61 anos, com uma injeção de ácido carbólico no campo de concentração de Dachau, na Alemanha. O milagre reconhecido pela sua canonização diz respeito à cura de um pai carmelita de “melanoma metastático para os gânglios linfáticos”, ocorrida em 2004 em Palm Beach, Estados Unidos da América.
Beata Maria Rivier, fundadora da Congregação das Irmãs da Apresentação de Maria
Maria Rivier, nasceu em uma pequena cidade francesa do leste do país. Com um ano e meio de idade, caiu da cama sofrendo danos que afetaram seu crescimento. Aos nove anos sentiu o desejo de se consagrar. Sua saúde precária fez com que ela fosse rejeitada por um instituto e depois, por inspiração divina, abriu uma escola para se dedicar ao cuidado dos doentes e dos pobres. Quando eclodiu a Revolução Francesa, apesar da hostilidade dos insurgentes em relação às comunidades religiosas, fundou uma em 1796 que cinco anos depois tomou o nome de Congregação das Irmãs da Apresentação de Maria.
Rivier faleceu no dia 3 de fevereiro de 1838, João Paulo II a beatificou em maio de 1982. O milagre reconhecido para sua canonização e atribuído à sua intercessão diz respeito à recuperação vital de uma criança nascida em “ausência prolongada de atividade cardíaca, respiratória e neurológica”. O evento aconteceu em Meru, no Quênia, em 2013.
Beata Maria de Jesus, fundadora da Congregação das Irmãs Capuchinhas da Imaculada de Lourdes
Carolina Santocanale, nasceu na cidade italiana de Palermo no ano de 1852. Logo cedo sentiu uma forte atração pela vida consagrada, entretanto, apesar de estar com um casamento arranjado, ela muda os planos e em 1873 ingressa na Pia União das Filhas de Maria da paróquia de Sant’Antonio Abate. Algumas experiências desenvolvem nela a convicção de que Deus a chama para a vida ativa e não a contemplativa. Em 1887 torna-se terciária franciscana regular, com o nome de Maria de Jesus.
Em 1909 fundou a Congregação das Irmãs Capuchinhas da Imaculada Conceição de Lourdes. O milagre atribuído à sua intercessão diz respeito a duas gestações realizadas, entre 2016 e 2017, por uma mulher siciliana que sofria de uma grave patologia que lhe causou a infertilidade. (EPC)
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