Dar a outra face não significa ceder à injustiça, adverte o Papa Francisco
“Rezar por aqueles que nos trataram mal é o primeiro passo para transformar o mal em bem”, assegurou o Pontífice.
Cidade do Vaticano (21/02/2022 14:01, Gaudium Press) Antes da recitação do Angelus deste último domingo, 20, o Papa Francisco meditou sobre o Evangelho do dia, no qual o Senhor ensina aos seus discípulos que devem amar os seus inimigos e fazer o bem a quem lhes faz mal.
“Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam”, diz Jesus. E ainda “A quem te ferir numa face, oferece a outra”. Para nós parece que o Senhor pede o impossível. Mas segundo o pontífice, estas situações difíceis são um teste para nós.
Se dependesse apenas de nós, seria impossível amar nossos inimigos
Entretanto, o Santo Padre destaca que “dar a outra face não significa sofrer em silêncio, ceder à injustiça. Dar a outra face não é o recuo do perdedor, mas a ação de quem tem maior força interior, que vence o mal com o bem, que abre uma brecha no coração do inimigo, desmascarando o absurdo de seu ódio”.
Francisco ressalta que se dependesse apenas de nós, seria impossível amar nossos inimigos, “mas lembremos que quando o Senhor pede alguma coisa, Ele quer dá-la. O que devemos pedir-Lhe? O que Deus tem o prazer de nos dar? A força de amar, que não é uma coisa, mas é o Espírito Santo. Com o Espírito de Jesus, podemos responder ao mal com o bem, podemos amar aqueles que nos ferem. Isso é o que fazem os cristãos”.
Na nossa vida, aplicamos os convites de Jesus?
O Pontífice ainda faz o seguinte questionamento: “na nossa vida, aplicamos os convites de Jesus?” E responde em seguida: “pensemos em uma pessoa que nos fez mal. Talvez haja um ressentimento dentro de nós. Então, coloquemos este ressentimento ao lado da imagem de Jesus, manso, durante o seu julgamento. E depois peçamos ao Espírito Santo que atue em nossos corações”.
Por fim, o Papa Francisco exortou os fiéis para que rezem pelos seus inimigos. “Rezar por aqueles que nos trataram mal é o primeiro passo para transformar o mal em bem. Que a Virgem Maria nos ajude a sermos pacificadores para todos, especialmente para com aqueles que nos são hostis e não gostam de nós”. (EPC)
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