“A beleza une Deus, o homem e a criação numa única sinfonia”, destaca o Papa Francisco
O Pontífice destacou que “se há beleza é porque Deus é bom e Ele nos doa a beleza, e ela nos dá alegria, nos tranquiliza, nos faz bem”.
Cidade do Vaticano (17/02/2022 12:18, Gaudium Press) Nesta quinta-feira, 17, o Papa Francisco recebeu em audiência cerca de cem membros da ‘Diaconia da Beleza’, uma associação francesa cujo objetivo é servir os artistas e a Igreja, dando sentido à arte em todas as suas formas e transmitindo o desejo da beleza.
Em seu discurso, por ocasião dos dez anos da fundação, o Santo Padre recordou que “as Sagradas Escrituras nos falam muito sobre a beleza do universo e tudo que ele contém, e nos leva, por analogia, à beleza do Criador. Elas também nos lembram que cada um de nós é chamado por natureza a ser artesão e guardião dessa beleza. De certa forma, o trabalho artístico complementa a beleza da criação e, quando inspirado pela Fé, revela mais claramente às pessoas o amor divino que está na sua origem”.
A beleza é capaz de criar comunhão
O Pontífice aproveitou para agradecer aos membros da Diaconia da Beleza por seu trabalho ao longo desses dez anos nos quais colocaram à disposição “os talentos que receberam de Deus, expressando nas linguagens da arte mensagens preciosas para a fé e a evangelização”.
“A beleza é capaz de criar comunhão, porque une Deus, o homem e a criação numa única sinfonia; porque une o passado, o presente e o futuro; porque atrai diferentes povos e nações distantes ao mesmo lugar e os envolve no mesmo olhar”, assegurou.
O artista autêntico é capaz de falar de Deus melhor do que ninguém
Francisco também ressaltou que os artistas não estão limitados pelo tempo, pois sua arte fala para todas as idades, e também não está limitado pelo espaço, porque a beleza pode tocar em cada um o que há de universal – especialmente a sede de Deus – atravessando as fronteiras das línguas e culturas.
O artista autêntico é capaz de falar de Deus melhor do que ninguém, de fazer as pessoas perceberem sua beleza e bondade, de “alcançar o coração humano e fazer brilhar nele a verdade e a bondade do Senhor Ressuscitado”.
A beleza é sempre uma fonte de alegria
Em seguida, Francisco releu um trecho da “Carta aos Artistas”, no qual São João Paulo II diz que “para transmitir a mensagem que foi confiada por Cristo à Igreja: ela precisa de arte. Ela deve tornar perceptível, na medida do possível, fascinante o mundo do espírito, do invisível, de Deus. Deve transferir para fórmulas significativas o que em si mesmo é inefável. A arte tem sua própria capacidade de captar um ou outro aspecto da mensagem, traduzindo-a em cores, formas e sons que seguem a intuição de quem olha ou escuta”.
Por fim, o Papa exortou os membros da ‘Diaconia da Beleza’ “a cultivar sua arte, que fala aos homens e mulheres de nosso tempo, preocupados sempre que haja alguma compreensão da parte deles, pois uma arte incompreensível e hermética não cumpre o seu propósito. Tentem tocar o que há de melhor neles”.
“A beleza é sempre uma fonte de alegria, colocando-nos em contato com a bondade divina. Se há beleza é porque Deus é bom e Ele nos doa a beleza, e ela nos dá alegria, nos tranquiliza, nos faz bem. O contato com a beleza nos eleva, sempre, a beleza nos faz ir além”, concluiu. (EPC)
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