China: Morte de jovem reacende debate sobre excesso de trabalho
A morte repentina de um jovem funcionário de uma gigante chinesa da internet reacendeu um debate sobre a cultura extenuante de horas extras na indústria de tecnologia da China.
Redação (10/02/2022 11:50, Gaudium Press) O jovem de 25 anos morreu de hemorragia cerebral após trabalhar como moderador de conteúdos do portal de vídeos Bilibili, espécie de YouTube da China, durante o feriado do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas.
Bilibili confirmou a morte do funcionário em um comunicado na terça-feira e disse que pediu desculpas à sua família.
“A morte deste excelente trabalhador não é apenas uma enorme perda para a empresa, mas também serviu como um alerta para nós”, escreveu Bilibili, identificando o homem apenas por seu nome de usuário online.
“Devemos fazer melhorias ativas na verificação da saúde física dos funcionários para evitar que tragédias semelhantes aconteçam novamente”, acrescentou o comunicado.
O incidente ocorre depois de várias mortes súbitas terem sido registadas entre jovens trabalhadores em diferentes grupos de tecnologia do país nos últimos anos, o que provocou um debate sobre a cultura do “996” – trabalhar seis dias por semana, das 09:00 às 21:00, ou seja, doze horas por dia.
Colegas de trabalho não identificados disseram que o jovem foi forçado a fazer horas extras.
De acordo com a Bilibili, o funcionário morreu na noite da última sexta-feira de hemorragia cerebral depois de procurar tratamento e de não se apresentar ao trabalho naquela tarde.
Infelizmente, a China comunista vai se enriquecendo à custa de um trabalho “escravo”, que não poupa a vida de seus funcionários.
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