Cardeal Zen na mira da imprensa pró-comunista chinesa
Um jornal oficial já ‘dedicou’ quatro artigos ao cardeal chinês.
Redação (08/02/2022 10:58, Gaudium Press) O Cardeal Joseph Zen Ze-kiun é uma figura de relevância mundial, entre outras razões, por sua clara militância contra a opressão do comunismo chinês em relação à Igreja, e também por sua oposição ao acordo sino-vaticano assinado em setembro de 2018.
Mas agora, a campanha contra o cardeal Zen, que sempre existiu, parece se intensificar, por parte da mídia pró-regime.
Com efeito, apareceram quatro artigos no Ta Kung Pao, o mais antigo jornal oficial da China, contra o cardeal, onde ele é acusado de ter incitado os jovens a se rebelarem contra as medidas do governo em 2019.
Um artigo do Ta Kung Pao tem como título “O cardeal Zen usa seu status de religioso para criar caos em Hong Kong”. Também foi lançada a “terrível” acusação de ter ligações com o magnata da imprensa Jimmy Lai, condenado em um julgamento obscuro por participar nas manifestações pró-democracia que haviam sido proibidas pelas autoridades.
Os artigos também procuram estabelecer uma relação entre o ativismo pró-democracia de vários líderes presos e o fato de terem estudado em escolas cristãs. Ta Kung Pao afirma que algumas igrejas incitaram os estudantes a se rebelarem e depois lhes deram abrigo.
Diversos analistas temem que o governo chinês esteja seguindo uma estratégia que já utilizou no passado, que é a de antecipar seus movimentos com artigos e comentários na imprensa oficial.
Temores
Nesse sentido, é preocupante que a publicação oficial do Ta Kung Pao sugira que as instituições religiosas de Hong Kong sejam colocadas sob controle governamental, uma vez que elas ainda não estão sujeitas à férrea política de “sinicização” que o governo impôs à China continental.
Além disso, teme-se que a onda midiática contra o cardeal Zen seja o prelúdio das ações do governo contra esse cardeal.
Nina Shea, no Epoch Times, afirma que o governo chinês pode tentar assumir o controle das escolas cristãs, católicas e protestantes, em Hong Kong.
Com informações Infocatólica.
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