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Estado do Vaticano: primeiro na Europa com restrições rígidas devido à Covid-19

Países como Inglaterra e República Tcheca flexibilizaram as medidas.  

Vaticano

Redação (20/01/2022 09:59, Gaudium Press) Os dias passam, as variantes da Covid continuam surgindo, e as medidas também. Ontem, a mídia europeia informou que o passaporte de vacina na República Tcheca, que obrigava profissionais-chave e maiores de 60 anos a serem vacinados, foi eliminado para evitar “fissuras mais profundas” na sociedade, segundo o jornal The Guardian.

Na hierática Inglaterra, as medidas governamentais para enfrentar a pandemia também estão mudando.

Movido em parte pela indignação pública, que censura o primeiro-ministro Johnson por participar de uma festa em plena proibição, o ministro anunciou que o governo encerrará em breve o autoisolamento obrigatório para casos positivos de Covid, provavelmente no próximo dia 24 de março. E que, a partir de 27 de janeiro, o uso da máscara não será mais obrigatório, o teletrabalho não será oficialmente recomendado e o passaporte sanitário não será mais exigido para acessar locais noturnos e determinadas reuniões com grande número de participantes.

“Devemos aprender a conviver com a Covid da mesma forma que fazemos com a gripe”, declarou o ministro da Saúde britânico Sajid Javid, após os anúncios de Johnson.

Também é bastante provável que o governo daquele país elimine em breve a necessidade de quem regressa do estrangeiro apresentar um teste Covid.

As restrições para viajantes devido à Covid em todo o mundo variam, desde cinco países que não permitem a entrada de ninguém ou quase ninguém, Afeganistão, Laos, Mianmar, Papua Nova Guiné e Coreia do Norte, até alguns como El Salvador ou México, que levantaram as restrições no início do ano, ao qual parece que a Grã-Bretanha se juntará em breve.

Novos regulamentos do Vaticano a partir de 23 de novembro

Em um sentido oposto dos países que levantam as restrições, o Vaticano, desde 23 de dezembro passado, só permite entrar nos escritórios da Cúria as pessoas com certificado de vacinação ou recuperação de Covid. Essas disposições se aplicam a “todo o pessoal dos Dicastérios, organismos e escritórios da Cúria Romana e das Instituições relacionadas com a Santa Sé, e também se estende aos colaboradores externos, ao pessoal de empresas externas, visitantes e usuários”, segundo o Vatican News.

Além disso, com o “agravamento progressivo da situação de emergência sanitária”, de acordo com as últimas disposições do Vaticano, a partir de 31 de janeiro de 2022, as regras serão ainda mais rígidas. Todo aquele que trabalha com o público no Vaticano será obrigado “a certificar que recebeu uma vacina de reforço após o ciclo primário”, reforço conhecido em inglês como booster, após o 120º dia da segunda dose. Isso inclui todos os funcionários do Vaticano, inclusive das zonas extraterritoriais. Quem não se justificar será considerado ausente injustificado. Ou seja, será despedido.

O último decreto do Vaticano a este respeito refere ainda que as medidas já definidas são entendidas sem prejuízo de outras restrições que possam ser impostas a pessoas provenientes de países com elevado risco de contágio.

Também foi estabelecido que, no território do Vaticano, todos devem usar um tipo específico de máscara, FFP2, embora o próprio Papa, como comentam jocosamente, seja o primeiro “violador” dessa regra. É preciso esclarecer que a regra do Vaticano é mais exigente que a regra italiana, que exige o uso desse tipo de máscara mais caro apenas em alguns lugares.

As multas previstas em caso de violação das regras emitidas pelo Governo do Vaticano variam entre 25 e 1500 euros.

Em suma, como se pode comprovar pelo Mapa de Restrições Covid da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) – que ainda não contém os dados específicos do novo regulamento do vaticano, limitando-se a repetir o regulamento italiano –, o Estado do Vaticano é o mais rigoroso da Europa e um dos mais rigorosos do mundo em termos de limitações contra a pandemia: é um dos poucos que exigem explicitamente a terceira dose da vacina e um tipo único e específico de máscara para ser utilizado em toda parte.

Para acessar as missas na Basílica de São Pedro, não é necessário o passaporte de vacina. Pelo menos, por enquanto.

 

 

 

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