Jesuíta escreve artigo a favor da eutanásia e é criticado por associações pró-vida
O Jesuíta, Carlo Casalone, explicou em artigo em La Civiltà Cattolica que o projeto de lei sobre a eutanásia não contraria o bem-comum. Associações Pró Vida escreveram uma carta de resposta
Redação (15/01/2022 06:00, Gaudium Press) Em um artigo intitulado: “A discussão parlamentar sobre o suicido assistido”, da revista italiana La Civiltà Católica, o Padre Carlo Casalone, jesuíta, defendeu que o projeto de lei que favorece a eutanásia na Itália não é contrário à busca do bem-comum.
Além de membro da Pontifícia Academia para a vida no Vaticano, Padre Casalone também é professor de teologia moral da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, médico e experto em bioética.
Segundo o artigo a eutanásia não contraria o bem-comum
No artigo, o sacerdote escreve: “Na atual discussão cultural e social, parece a quem escreve que não se deve excluir que o apoio a este projeto de lei não contrasta com a busca responsável do bem-comum possível”.
Justificando seu raciocínio o sacerdote jesuíta utilizou um discurso feito pelo Papa Francisco para a Associação Médica Mundial sobre o fim da via:
“Nas sociedades democráticas, questões sensíveis como estas devem ser tratadas com moderação: de forma séria e ponderada, e com desejo de encontrar soluções, mesmo normativas, o mais compartilhadas possível.”
Associações Pró-Vida condenaram o artigo
O artigo e a posição do Padre Casalone foram duramente criticados por Associações Pró Vida. Ao todo 60 Associações que lutam em defesa pela Vida, assinaram uma carta aberta publicada no jornal italiano Il Timone, na qual rejeitam a afirmação do jesuíta.
Logo no início da declaração, as associações, recriminam a opinião manifesta no artigo:
“É surpreendente, de fato, que um jornal de autoridade, do qual se espera ecos do Magistério da Igreja, arrisque posições que – ainda que indiretamente – podem dar campo a essa ‘cultura do descartável’, cujos efeitos negativos adverte constantemente o Papa Francisco”.
Segundo as associações, o artigo faz uma leitura favorável do projeto de lei que permite a morte “com base em um ‘agora e para sempre’ inadmissível e que criou a base para a sentença do Tribunal Constitucional no ‘caso Cappato’”.
Na declaração as associações pedem que se considere que proteger a vida e apoiar os que sofrem é uma batalha da razão e da civilização. (FM)
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