Terroristas muçulmanos assassinam catequista católico em Moçambique
Segundo fontes relataram, os terroristas muçulmanos abordaram o catequista e o assassinaram de forma cruel, o degolando e obrigando depois que sua esposa carregasse a cabeça do marido.
Moçambique – Maputo (23/12/2021 12:16, Gaudium Press) No dia 15 de dezembro, o catequista católico, Matias Buscam, foi assassinado por terroristas na região de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, enquanto ia, acompanhado de sua esposa e filhos, para um terreno usado para a agricultura.
Catequista degolado
O ataque foi confirmado por uma fonte anônima e divulgado pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre. Segundo o relato, os terroristas muçulmanos abordaram o catequista e o assassinaram de forma cruel, o degolando e obrigando depois que sua esposa carregasse a cabeça do marido para apresentar às autoridades junto da seguinte mensagem: “Nós ainda estamos aqui!”.
Este acontecimento chocou os habitantes da região que ficaram tristes e preocupados, pois após vários meses de relativa calma, a população local havia começado a voltar à sua rotina, tranquilizada pelas mensagens emitidas pelo governo e pela presença das tropas do Ruanda e de outros países da África.
Onda de ataques terroristas
Outro ataque terrorista dos milicianos islâmicos ocorreu na última segunda-feira, 20 de dezembro, e resultou na morte de um militar sul-africano no posto administrativo situado na aldeia de Chai, também no distrito de Macomia. Além de outras baixas ocorridas entre soldados moçambicanos vítimas de uma emboscada.
Os terroristas muçulmanos também realizaram ataques contra uma aldeia de Naulala, no distrito de Mecula, Niassa, em 28 de novembro. Já no início de dezembro o alvo foi Lichengue, onde várias casas foram incendiadas.
Situação muito complicada
Em uma videoconferência realizada por várias organizações não-governamentais portuguesas, o administrador apostólico da Diocese de Pemba, Dom António Juliasse, manifestou sua preocupação com o alastramento dos ataques terroristas, ressaltando que, desta forma, “a situação fica muito complicada”. Segundo o prelado, “a insegurança ainda é grande apesar da presença de militares estrangeiros” na região.
Mais de três mil pessoas já morreram desde outubro de 2017, quando foram iniciados os ataques armados. O alto índice de violência causou o deslocamento de 800 mil internos. Esta situação colocou Moçambique como um país prioritário para a ONG Ajuda à Igreja que Sofre, sobretudo em seus projetos de assistência pastoral e apoio psicossocial, além de auxílios materiais. (EPC)
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