As Promessas de Deus sempre se cumprem
Devemos ter em mente que as promessas de Deus sempre se realizam, e, portanto, devemos modelar a nossa existência em função delas.
Redação (20/12/2021 09:30, Gaudium Press) Desde a expulsão de Adão do paraíso, o povo de Deus começou a viver na expectativa de um dia ser redimido do pecado de seus primeiros pais. Séculos de espera ansiosa na qual todos os justos rezavam e pediam pela vinda do Messias.
Para aumentar a esperança de seu povo e não deixar esmorecer a sua fé, Deus enviou uma seguidilha de profetas com vistas a confirmar a verdade que Ele mesmo prometera, de que um dia viria O Salvador.
Deus promete, e como responde o homem?…
Em uma profecia de Miqueias proferida séculos antes do nascimento de Jesus, o profeta lembra ao povo de que Deus não abandonaria por completo os seus eleitos, mas viria logo socorrê-los; trazendo de volta os filhos de Israel por meio de um Dominador, cuja origem se perde na eternidade, e que traria paz à toda terra (Cf. Mq 5,1-4).
Foi esta uma das inúmeras promessas da Encarnação do Verbo recebida pelos judeus; e diante dela só seriam possíveis duas atitudes: aderir inteiramente ao Messias e passar a viver conforme sua doutrina e sua moral, ou ignorá-lo, permanecendo indiferente – para num segundo momento fazer o possível para matá-lo.
Assim foi, sem dúvida, a resposta de vários daqueles que ouviram esses ou outros prenúncios da redenção ao longo dos séculos. Houve uns que acolheram com alegria a palavra de Deus, outros que, apesar de serem favorecidos com dádivas tão excelsas, continuaram a viver como se nada tivesse acontecido, agindo contra as palavras dos profetas, pois a simples presença desses enviados de Deus acabava sendo um peso de consciência…
O desejo ardente da realização
Se cada um de nós for relembrar os episódios de sua vida, sem muita dificuldade se deparará com fatos em que, pessoalmente, foi alvo de promessas vindas de Deus.
No dia da primeira comunhão, por exemplo, quiçá alguém tenha recebido uma graça que o conduziu à virtude, fazendo prelibar o quanto Nosso Senhor estava realmente presente no Sacramento, a fim ampará-lo, auxiliá-lo e, numa palavra, redimi-lo.
Um outro talvez tenha sido visitado sensivelmente ao entrar numa igreja, ao participar da sagrada liturgia, que lhe comunicava o desejo de ordenar a sua vida conforme a lei do Senhor.
Quantas promessas à humanidade poderíamos aqui elencar?! Lourdes, Fátima e um sem-fim de manifestações…
Se foram esses – e muitos outros – os presentes concedidos pelos Céus ao longo da vida individual, a cada convite desses recebe-se também a promessa de sua realização. Dessa sorte, a nossa atitude face a tais chamamentos deve ser: “Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7).
É necessário, pois, acreditar nessas moções da graça, procurar viver tendo-as sempre diante das vistas da alma, modelando a nossa vida segundo tais promessas, para que sejamos “despertos pelo poder de Deus, que nos traz logo a salvação” (Cf. Sl 79,3).
Imploremos, então, o auxílio de Nossa Senhora nesse sentido, pois ela é a “bem-aventurada que acreditou, e foi cumprido o que o Senhor lhe prometeu” (Cf. Lc 1, 45).
Por Jerome Sequeira Vaz
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